terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A ÚLTIMA REFLEXÃO DE 2009

É com orgulho que podemos comprovar que o PSB é hoje, dos Partidos Políticos que tiveram membros ocupando cargos no Governo Arruda, o único Partido que efetivamente, deixou o GDF. Aliás, o PSB enquanto Instituição nunca esteve neste Governo...


Conforme declarações da Executiva, Rogério Ulisses, que foi advertido algumas vezes, é que insistia em fazer opção pessoal de ocupação política por conta e risco do seu próprio Mandato Parlamentar.


Fazemos questão de frisar isto porque, com raras exceções, a grandessíssima maioria das personalidades partidárias que se dizem ter deixado o GDF, deixou em seu lugar, o seu adjunto, legítimo representante do titular desde sempre, quando o mesmo não podia estar em vários lugares ao mesmo tempo, portanto na prática, o suplente não vai fazer nada sem ouvir as ordens do seu antecessor.


Como se pode observar, nada muda no Governo Arruda, nem as possibilidades de falcatruas, nem os seus atores autores.


Este preâmbulo só serve para nos mostrar que desde 1930, os Poderes Constituídos do Brasil, não passam de um grande consórcio entre os gestores públicos e os empresários, onde, eles dividem os lucros entre si mesmos, pois fazem parte de uma cúpula irrevogavelmente hermética e socializam as despesas impagáveis, entre o restante de 90% dos brasileiros que nunca chegou sequer próximo do balcão de negócios sujos para dar qualquer opinião a respeito dos atos e acertos secretos do grande consórcio o qual, já nos referimos onde, os seus "empreendedores" ignorando as regras correntes de qualquer mercado civilizado, se autoelegem em demanda única e exclusiva e abocanham todas as ofertas produzidas pelo PIB nacional.


Que mercado é este que só leva em conta as ofertas que irão direto para os bolsos sem fundo dos negociateiros implacáveis e passam por cima das necessidades do povo, que nunca deixarão de ser tratadas como demandas reprimidas, por isso, jamais resolvíveis? É bom salientar que o Brasil já passa da hora de eleger um Presidente que não seja egresso da podricéia paulistana desvairada.


Conforme vimos naquele email que revela detalhes da operação do pagamento de supostas dívidas trabalhistas a servidores da CLDF, o consórcio que "governa" o nosso imenso País é bastante ramificado e, só se acabará no dia em que o nosso povo souber votar a favor do próprio povo.


E não basta só votar, tem que fiscalizar: pela internet, convocando as autoridades para reuniões de cobranças, enfim, exigindo também destas autoridades o direito de retirar dos mandatos ou de qualquer função pública, os vilões traiçoeiros e enganadores da boa fé popular colocados em cargos públicos, através do voto, ou seja: o povo põe, o mesmo povo tira de lá, todo aquele político que não corresponder aos anseios dos seus eleitores.

Precisamos brigar pela suspensão imediata dos direitos  
políticos de qualquer autoridade que recaia sobre si, suspeitas robustas de conduta prejudicial ao bom andamento da gestão pública, melhor dizendo: não se pode pretender que um julgamento político passe pelos mesmos trâmites de um processo judicial. Isso só será possível aqui no DF por exemplo, se conseguirmos fortalecer o pacto da renovação total, desde o Governador até o Distrital.

Por que temos que ficar alimentando candidaturas de ex-governadores ao GDF? Que diabos!!! Será que nós não temos ninguém que nunca foi governador que possa ser capaz de ocupar este cargo? Chega de Roriz, chega de Cristovam, chega de Arruda. É hora de novidade.


Roriz já governou o DF por quatro vezes e, se fosse um político correto, não teria   renunciado o cargo de senador, para não ser cassado; Cristovam fez um governo sem vícios, entretanto, hoje, não tem mais as mesmas condições de há quinze anos, o senário também está muito diferente e pretende continuar no Senado Federal desempenhando um papel mais significativo em prol da Educação brasileira; e Arruda... não dá nem pra comentar.


Precisamos de sangue novo no Distrito Federal, preferencialmente, quem nunca foi eleito ou aquele que, comprovadamente, tenha feito ao longo dos tempos, grandes mandatos... precisamos de um médico que cure as dores da nossa combalida máquina pública ou de um cego luminário que não faria de deputados, secretários de Estado; só nomearia para secretários e adjuntos, membros egressos do quadro de carreira das respectivas Secretarias, regulamentaria os Artigos 10 e 12 da Lei
Orgânica, alguns impostos arrecadados pelo GDF na qualidade de município seriam repassados equitativamente para as nossas cidades em conofrmidade com o poder arrecadador de cada uma etc.


Temos que estirpar políticos bilionários e ou, aqueles que fazem Projeto de Leis como um que obriga as empresas do DF que vendem pelo Cartão de Crédito, repassarem para as respectivas operadoras correspondentes, os cadastro dos clientes.


Não podemos mais permitir que a inércia dos nossos sentimentos de revolta deixe que a impunidade permaneça afrontando a dignidade dos homens e das mulheres de bem do Distrito Federal. Brasília só será limpa se votarmos em candidatos de ficha limpa.


Feliz   2010!




Antônio Leitão

O cego de visão.

http://www.blogdoantonioleitao.blogspot.com

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Começar de Novo?

Uma amiga me contou que o seu sobrinho-neto teria levado da sua Sala-de-Aula um brinquedo que não lhe pertencia e a Mãe o fez devolvê-lo no dia seguinte.

O menino com menos de sete anos, voltou pra casa revoltado porque todos os seus coleguinhas da mesma idade que ele, o teriam chamado de babaca por causa da sua atitude de devolver aquilo que não lhe pertencia, ou seja: pelo visto, já teria virado hábito da turma, não devolver qualquer objeto pego dos colegas. Este fato teria ocorrido numa escola de classe média de Brasília.

Quantas vezes isto pode ter acontecido com Arruda ou com algum de seus auxiliares de bandidagem? O espertinho infantil de hoje pode ser o espertalhão adulto de amanhã.

O assalto feito aos cofres públicos do DF foi tão furioso e eficiente que nem a quebra dos sigilos pessoais de cada um dos supostos envolvidos significa que a investigação terá uma conclusão bem sucedida.

É que, conforme informações de vizinhos do Aras de Arruda, não só o Aras mas também, outras duas chácaras que ficam ao redor deste, teriam sido comprados a dinheiro vivo e, dinheiro vivo não movimenta nenhuma conta bancária.

Conforme um outro amigo, isto não seria novidade aqui no DF pois, um casal de empresários falidos, moradores do lago sul, teriam guardado debaixo do colchão até a morte, cerca de vinte milhões de reais, só para evitar pagar dívidas.

E, pelos rumores que rolam por aí, estamos apenas no começo do desenrolar de grandes   emoções, pois, não sei se vocês se lembram de um presidente de uma Emprese Estatal local que foi preso na segunda quinzena de abril deste ano e nenhum órgão da grande imprensa divulgou.

Muito bem... este senhor poderia ter,  provavelmente, dividido entre a cúpula do GDF, uma vultosa quantia em dinheiro, fruto de negócios públicos.

Sabendo de tudo isso e, ainda vendo no plenário da CLDF alguns dos acusados se dizendo enojados com as denúncias imputadas a eles próprios, sendo que estas denúncias materializam flagrantes delitos, não só pelas fortes imagens como também, pela farta documentação que está nas mãos da Polícia Federal e, vale salientar que nos mandados de busca e apreensão feitos pela PF, foram encontrados com certeza, mais de 700 mil reais em doze lugares e que fique bem claro, a PF jamais iria fazer buscas sem noção do que pdoeria encontrar.

E, mesmo que alguns destes fatos possam ter ocorrido há anos, a ocultação propositada destes, pode servir de suporte à tese de que ações desta natureza, com este requinte e com objetivos escusos jamais prescreverão enquanto flagrantes portanto, devem ser encarados como se fossem fatos de hoje e os mesmos, passem a ter peso de crime de responsabilidade.

Agora, o que muito me estranha é ver  advogados Deputados querendo aplicar a estes casos sujos, os
mesmos ritos processuais da justiça comum... Ora! Estes cidadãos só podem, é estar querendo arquitetar o livramento de todos os acusados, posto que aplicar a estes casos sujos os mesmos componentes encaminhadores que amparam um processo judicial comum até o julgamento, como se estivessem num tribunal convencional, é querer ganhar tempo e evitar que a vontade do povo seja garantida.

Crime político é crime político e tem que ser tratado como tal, do contrário, vamos acabar com a falácia de que os pares são capazes de julgar os próprios pares com isenção. Conforme já foi posto, hoje apenas dois Deputados Distritais não respondem a algum processo judicial... inclusive, há alguns cujos, para cada ano de mandato haveria um processo correspondente.

Não podemos deixar de citar aqui, alguns exemplos ilustres como Benício, Brunele, Eurides e outros que ainda não apareceram no caso em foco, estão se perpetuando no Poder por causa do corporativismo escandaloso que impera no meio corrupto da prática política local, mesmo apesar das várias incidências recorrentes de cada destes, desde o nascedouro da prática política daqui.

E, neste momento especial, como Arruda é cioso por unanimidade, nenhum partido que tenha ocupado cargo nesta gestão, pode se arvorar, acima de qualquer suspeita. Vale a pena observar que nenhum Partido Político comete crime, quem comete crime são aqueles membros que são agraciados pelas cúpulas, com as oportunidades de ocuparem cargos no Poder.

Numa demonstração de que estamos vivendo uma situação das mais delicadas, parece que até o Vice-presidente da CLDF Cabo Patrício, teria feito uma Lei que beneficiaria empresas ligadas ao homem que colocou dinheiro nas meias, conforme noticiou o DFTV primeira edição da semana passada.

Diante destes fatos, além de querermos saber quem governaria o Distrito Federal, caso Arruda caísse, pois na linha sucessória que se mostra, nem o Governador nem o Vice-Governador, tampouco o Presidente da CLDF ou o seu sucessor imediato, tem condição moral para isso, só se pode concluir que, da mesma forma que só se faz boa plantação em terrenos férteis, só se rouba muito e de maneira tão despreocupada, onde há impunidade tradicional e pessoas dispostas a meter a mão naquilo que é alheio, na certeza de que isso é um procedimento natural do dia-a-dia.

Não vai haver cassação de ninguém, a CPI vai dar em pizza como todas as outras que já houveram por aqui e ainda, corremos o sério risco de ver dirigindo os destinos desta cidade tão saqueada e deste povo tão maltratado, os eternos donatários da Capitania Hereditária que o Distrito Federal se tornou, desde a sua desnecessária independência política.


Que fique bem claro, isto não é uma mera opinião, trata-se de uma terrível realidade comprovada por fatos históricos que, só não abandonam a nossa curta memória porque se atualiza mês a mês. Por isso, só nos resta lamentar o fato de que o povo, em vez de nas próximas eleições promover um pacto de renovação total, com certeza, continuará dando crédito à mesma quadrilha de sempre.





Antônio Leitão

O cego de visão.

SEM MEMÓRIA NÃO HÁ HISTÓRIA

Em 1981, enquanto ainda cursava o último ano do Ensino secundário, quando quis participar das eleições do Centro Cívico da Escola em que eu estudava, a diretora não deixou que eu inscrevesse a minha chapa, alegando que o nosso grupo teria feito o pedido de registro atrasado.




Entretanto, confessou em conversas reservadas, que eu estaria cercado de marginais, porque naquela época marginal era todo aquele que se voltava contra a Ditadura... aquilo me deixou indignado e por isso, comecei a fazer uma campanha independente. No final das eleições, tivemos mais do que o dobro dos votos da chapa vencedora, apesar de todas as pressões do corpo docente da Escola sobre os alunos. Bem... mesmo com todas as dificuldades para aceitar aquele fato, tivemos que encará-lo, afinal, ainda estávamos vivendo o ciclo da ditadura militar.




Contei esta história porque mesmo naquela época eu já, só via vantagem na conquista do Poder, se este fosse capaz de propugnar transformações concebidas, planejadas e que tivessem a garantia de serem executadas longe das garras dos espíritos malignos da corrupção; porque do contrário, não seriam transformações, mas farsas.




Parafraseando Jesus, nenhuma farsa resistirá diante da Luz... tanto quanto Arruda perecerá como também, qualquer um de sua estirpe sem qualquer direito a ressurgir das cinzas, pois durante toda a sua vida tentou tapar o Sol com a peneira e nenhuma peneira, com certeza, impedirá o brilho do Sol.




O Sol nasce para todos, jamais, apenas para os políticos bandidos que fazem da corrupção, um fim em si mesmo e do Poder, só um mero trampolim para as realizações das suas malfeitorias.




Daí, apelarmos com contundência veemente para que ninguém fique mais inerte diante destes criminosos compulsivos, que sobrevivem a todos os tipos de avalanches de denúncias sem sofrer qualquer abalo: "estou com a consciência tranquila, dormindo muito bem..."




Estas foram as palavras de uma corrupta convicta. Não se sabe se estes indivíduos são psicopatas ou sociopatas, apenas se sabe que nenhum deles, em momento algum, é capaz de demonstrar qualquer sentimento e por isso, ninguém consegue convencê-los de que cometeram qualquer tipo de erro.




O fato mais importante que não pode escapar das nossas consciências é que, estes criminosos através dos saques aos cofres públicos dividem os lucros entre eles e socializam entre todos nós, os prejuízos.




Com isso, a máquina estatal fica vulnerável, fragilizada e ineficiente. Corrupção é crime


hediondo porque as áreas de educação, saúde, segurança, transporte, emprego e habitação ficam prejudicadas e, os idosos, as pessoas com deficiência, as crianças, enfim, todos os menos favorecidos sofrem as consequências.




Por isso, faz-se necessário uma renovação completa de quadros políticos e ao mesmo


tempo, desenvolver uma campanha cívica com a seguinte máxima: não basta votar, tem que fiscalizar, pois só através da fiscalização participativa o Distrito Federal terá um novo rumo na sua prática política.




Esta fiscalização participativa torna-se de extrema importância porque, na medida em que o DF é ao mesmo tempo, Estado e Município, e teve um aumento absurdo no consumo de bens e serviços por causa do alto poder aquisitivo dos servidores públicos e dos grandes executivos das empresas privadas.




Com isso, a arrecadação de impostos como: IPVA, IPTU, e outros, vem integralmente para os cofres públicos daqui, que se tornaram um prato bastante apetitoso aos olhos gananciosos dos políticos corruptos, até porque, além disto, mais de cinquenta por cento do nosso orçamento vem do Governo Federal... nem com tanto dinheiro assim, ninguém consegue administrar com brilhantismo, os destinos da nossa cidade.




Que lástima, não?


FORA ARRUDA!
FORA PAULO OTÁVIO!
FORA OS 22 DEPUTADOS DISTRITAIS QUE RESPONDEM A PROCESSOS JUDICIAIS!


Antônio Leitão


O cego de visão.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Interrogações e Reflexões sobre Corrupção

Aqui, o que as pessoas mais sabem fazer é chutar cachorro morto, ninguém tem coragem de dar a primeira paulada... prefere-se fazer média com o cachorro louco, do que correr qualquer risco.


Talvez o fato de que vivemos num regime jurídico onde prevalece a presunção da inocência, possa explicar isso... é que caso a denúncia feita contra quem quer que seja não tenha bastante robustez, principalmente se o denunciado for alguém de colarinho branco, o feitiço corre o risco de virar contra o denunciante... mesmo porque, existem especialistas de plantão, só para derrubar processos supostamente mal montados.


Uma justiça republicana não precisa do princípio da inocência presumida, nem do princípio da

condenação a priori... faz-se necessário o princípio da investigação inteligente onde ambas as partes tenham plenas garantias do exercício dos direitos de produzir provas e contraprovas, conforme trâmites processuais claros, concisos e sem quaisquer mitos.


Enquanto isto não acontece, o Brasil vai de fraude em fraude e o seu povo continua pagando bandidos para trabalharem contra o próprio povo que indefeso, assiste a segurança pública defendendo os políticos criminosos contra qualquer revolta popular.


Hoje, apenas dois Deputados distritais não respondem a algum processo judicial e, com certeza, nenhum dos dois, está entre os denunciados do mensalão do GDF.


Queremos com isso, esclarecer às pessoas que nenhum dos denunciados é Santo, muito pelo contrário, quando se auto-denunciaram na própria CLDF, deslegitimaram as ações populares

contra cada um deles mas, o tiro pode sair pela colatra; pois, se auto-avaliação e a auto-avalização são coisas muito complicadas de se engolir, imaginem a auto-representação.


Se fosse um ou outro fato isolado, tudo bem, mas uma ação coletiva nesta hora, só denuncia ação orquestrada, onde todos os supostos envolvidos pedem para ser investigados num ambiente em que eles mesmos são os próprios protagonistas do cenário, portanto, têm controle total da situação, só pode ter o objetivo de causar na população a falsa impressão de idoneidade, coisa que em princípio, de acordo com as notícias da Imprensa, passa muito longe de cada um dos envolvidos.


Na verdade, o ato coletivo dos denunciados, além do intuito de enganar e confundir o povo, há no fundo a certeza do bilhete premiado, garantindo a cada um dos supostos deputados corruptos a segurança da manutenção do velho vício da impunidade, podendo assim, apostar na certeza desta velha companheira, amiga inseparável de tantos corruptos tradicionais do Distrito Federal que, por causa dos supostos conchavos e arranjos, vergam mas não quebram há muito tempo por aqui.


É claro que Arruda, Paulo Octávio, todos os seus Secretários têm que ser punidos de modo ultra-exemplar, entretanto, acima de tudo, não podemos permitir que velhos amigos das páginas policiais dos jornais locais e federais passem ilesos neste vendaval de roubalheiras.


O interessante é que diante deste cenário enorme e revelador, sentimos a falta de, não só, velhos companheiros de Arruda em outras supostas aventuras estranhas, como ainda, de velhos companheiros de Roriz que, juntos com ele, frequentaram por várias vezes, os círculos de investigações em todos os níveis das hierarquias Policiais e Judiciais e que também, fizeram parte da cúpula do GDF, desde 1999, continuando lá, de modo direto ou indireto até hoje.


Por exemplo, sem querer ser maldoso ou pôr em dúvida a integridade moral de quem quer que seja, ninguém fala em Milton Barbosa ou em pessoas que assumiram, de repente,

em detrimento de figuras políticas importantes do cenário local como Jofran Frejat, por exemplo Presidências de Partidos Políticos regionais.



Conforme já havíamos alertado, o Governo da legalidade, só estava regularizando supostas ilegalidades do Governo anterior.


Nunca se viu na história do DF, tantos contratos sem licitação, a não ser as supostas perigosas aventuras de Durval Barbosa na CODEPLAN durante o Governo Roriz, onde há suspeitas de desvios de mais de quinhentos milhões de reais em contratos supostamente irregulares, isto pode querer dizer que a garantia da performance duradoura de Durval provavelmente foi patrocinada, por um esquema muito poderoso que impediu que Durval fosse pego com seus chefes e comparsas, antes da tragédia em foco.


Devemos lembrar que dentro do quadro atual, não nos esqueçamos de dar atenção especial aos prestadores de serviços das Secretarias de Trabalho, Saúde, Ação Social, Educação etc, inclusive órgãos do sistema S que, através de convênios, recebe dinheiro do GDF para dar cursos profissionalizantes.


Ora, se o Sistema S já tem verba pública obrigatória do Governo federal, porque deveria receber recursos financeiros locais para ministrar cursos à comunidade carente daqui? Talvez por isso, o Convênio do Sistema S com a SEEDF, de algum modo, pode nos fazer lembrar o Professor Nota 10 do CEUB. E, ainda haveria uma empresa chamada Ritla que pode dar muito o que falar.


Segundo os bastidores, existiriam 210 fitas sobre o assunto para serem mostradas, por isso é importante que não haja qualquer arranjada inocência presumida, precipitada de quem quer que seja dos denunciados pois, as instituições partidárias têm que ser salvas deste mar de lamas e, a melhor maneira de se conseguir isso é sabendo esperar o tempo necessário para que hajam os esclarecimentos irrevogáveis e a partir daí, ter coragem de expulsar os corruptos, por mais "importantes" que eles sejam, garantindo a integridade do Partido que, é só um meio facilitador de ascenção destes malfeitores.


Nenhuma instituição partidária rouba; quem rouba são alguns membros filiados a estas agremiações Políticas. O problema é que infelismente, não se sabe por que motivo mas, ressalvando raras exceções, só ocupam o Poder constituído, aqueles que topam tudo. Existindo também aqueles que não roubam mas, para garantir o sucesso, são omissos, se cercam de ladrões e continuam mantendo sua aparente boa imagem, por isso cuidado com eles também.


Por último, vai aqui uma advertência séria: gostaríamos de alertar aos antigos donos da bandeira da "ética e da moralidade" pioneiros atores da Política local, que este é um momento muito especial para o Distrito Federal. Este é o exato momento para que os cidadãos de bem decretem que aqui, sujeira nunca mais.


É hora de renovação total e, que vamos fazer de tudo para que dirigentes partidários locais que já foram denunciados por suposta formação de quadrilha em ministérios, tenham o mesmo tratamento que estão tendo os supostos membros do mensalão do GDF.


Arruda era tão cioso por unanimidade que teria aceitado supostas indicações de pessoas ligadas a parlamentares do PT local e os indicados continuam lá.


É claro que ainda temos alguns antigos atores políticos sérios, merecedores de atenção, apreço e confiança.


Entretanto, para que se decrete Sujeira Nunca Mais na nossa cidade, precisamos retirar todos os nossos tapetes dos lugares onde sempre estiveram há bastante tempo, para depois, varrer do chão do Distrito Federal, de uma vez por todas, tudo aquilo que contribuiu para sujar a nossa imagem lá fora e que impediu a nossa cidade de ter uma administração pública voltada para os interesses da cidadania e do bem-estar comum.


O preço da corrupção é estupidamente caro, não só pelo dinheiro que desce de ralo abaixo e

vai parar no bolso dos políticos bandidos, mas acima de tudo, porque torna a máquina pública vulnerável, frágil e ineficiente.


Não é a ocasião que faz o ladrão mas, a burocracia que, quando dificulta a resolução de um problema de um cidadão comum, acaba criando condições para que o o gestor chefe daquele setor tenha um preço daí, as mil e uma possibilidades de propinas.


Como o Distrito Federal só tem 24 Deputados distritais para disputar mais de dois milhões de eleitores, o preço de uma campanha vitoriosa gira em torno de um milhão de reais... e aquele que tem vocação duvidosa e quer o Poder a qualquer custo, vai abraçar todas as chances que lhe levem ao topo.


Se tivéssemos 42 distritais em vez de 24, com certeza, seria muito mais difícil para ogovernador comprar 35 Deputados por exemplo, do que 19 e além disso, o preço da campanha de um Deputado distrital seria bem mais barato.



É hora de parar de fazer farras com o dinheiro alheio, aquilo que não nos pertence merece respeito e deve ser aproveitado em conformidade com o que determinam as regras de uma gestão pública compatível com os interesses coletivos. Fora Arruda! FORA BENÍCIO!


Fora Eurides Brito, fora Valente e todos aqueles que, há muitos anos vêm dificultando o amadurecimento do movimento das pessoas com deficiências e da EDUCAÇÃO que é a panacéia dos males humanos.


Será que depois de tudo isto, ainda não conseguiremos assumir o irrevogável compromisso de ser o melhor exemplo de conduta política paro o nosso País?


Antônio Leitão

O cego de visão.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Poder pelo Poder

Esta reflexão começará por alguns detalhes, equívocos, vícios, atropelos ou qualquer outro nome que se queira dar a estes fatos.


Não importa o nome, o importante é que sem eles, a diferença na qualidade de governar o DF seria muito grande:


No dia 23 deste mês, teria sido publicado no DODF, uma lista de 1100 deficientes contemplados com lotes da CODHAB e, ao chegar na escola em que trabalho, neste dia pela manhã, já ouvi alguns deficientes visuais se dizendo contemplados porém, mais interessante ainda, é que até hoje, a citada lista não se encontra no site da CODHAB mas, no site do MOHCIPED, ligado a pessoas do gabinete de um Deputado Distrital.



Os atos secretos poderão estar bem mais perto de nós do que se possa imaginar. Até hoje, não foi depositada na conta dos professores, a parcela referente aos notbooks que eles compraram do GDF que, ficou de pagar a outra metade.


Até hoje, os postos de combustíveis que aumentam os preços, a cada dia, sem merecer qualquer repreensão efetiva, não foram atingidos pela Nota Legal.


Em mil dias de governo, o GDF está fazendo duas mil e vinte e sete obras, se estivesse dando 150 cadeiras de rodas por mês como prometeu, poderia comemorar duas mil e vinte e oito obras.


Conforme o Site Orçamento transparente, só a Secretaria de Eucação do DF já teria gasto mais de 503 milhões de reais em contratos sem licitação, desde o inicio de 2007.



De acordo com emenda à Lei Orgânica do DF, aprovada recentemente, quem receber lote do Governo, receberá em seguida, a respectiva escritura que, por sua vez, pode favorecer a farra dos lotes como também, a expeculação imobiliária, já tão desenfreiada.


O GDF está dando às cidades do entorno, cinco milhões de reais para que estas deixem os seus serviços de saúde pública inertes e mandem para cá, ambulâncias lotadas de pessoas doentes para congestionar mais ainda, o nosso sistema de saúde, já tão caótico.


Há Deputados no DF, por exemplo, que ficam com a metade do salário de seus assessores, para o CAIXA DOIS, ou dando nota fria, para dinheiro recebido dos sindicatos, também com o mesmo objetivo.


Se os mandatos pertencem aos partidos, por que isso acontece?


A operação CAIXA DE PANDORA, conforme informações, muito provavelmente poderá demonstrar que o crime do painel eletrônico do Senado foi apenas um susto...


Estas informações, ponto a ponto, não são novidades pra ninguém. Entretanto, servem como referência para que repensemos a nossa forma de escolher em quem votar e porque votar.


Os nossos Partidos Políticos não têm mais ideologias que os identifiquem. Espalhados pelos Estados brasileiros, hoje, todos ocupam o Poder, tanto nos estados como no Planalto e, a desculpa é que cada cargo ocupado, é uma suposta oportunidade para que os quadros partidários, ponham em prática, suas ideias comunistas por exemplo, dentro de um Governo neoliberal.



Na verdade, estes cargos servem de trampolim midiático e de aparelho arrecadador de verbas para o Caixa Dois. Tanto isto é verdade que os futuros candidatos que não gozam de tal privilégio, entram em desespero e, quando são socialistas por exemplo, chegam mesmo a abraçar a possibilidade de oferecer aos seus pretensos futuros eleitores, promessas milagrosas de ilusões imediatas, para ter maior segurança na suposta conquista do voto.


Este vício cruel e desumano, além de trazer consequências devastadoras para os eleitores, supostamente enganados, incomoda de maneira definitiva aos candidatos, verdadeiramente, bem intencionados.


Não adianta, o tempo passa e, de eleição em eleição, "tudo continua como dantes no quartel de Abrantes", inclusive as queixas dos eleitores insatisfeitos.


Neste exato momento, todos os partidos brasileiros deveriam se chamar PPPB, Partido Pelo Poder Brasileiro, e, o que é pior nesta história toda é que, ocupar cargo, não importa em qual Governo, não é decisão partidária mas, impulso individual.



Estes fatos só revelam que a luta pelo Poder não tem mais objetivos coletivos mas, ganância pessoal. Precisamos ter coragem de ousar em nome da utopia, inspiração irrevogável das grandes transformações. E os partidos políticos são os verdadeiros construtores de senários apropriados onde, os semeadores das revoluções humanas podem plantar, regar e gerar frutos da melhor qualidade.


Uma das grandes esperanças nossas é o apoio assistivo, contrato social entre o Estado e as pessoas em condições vulneráveis. Este contrato, terá benefício com prazo de validade onde, o Estado, além de concedê-lo, proverá seus filhos de subsídios para que estes construam condições e instrumentos que lhes garantam aproveitar com êxito, as oportunidades que a vida lhes oferecer.



O apoio assistivo não é um novo caminho mas um jeito novo de caminhar. O apoio assistivo é o contraponto ao assistencialismo. O apoio assistivo é o suporte estatal não, o guia dos coitadinhos. O apoio assistivo tem algumas semelhanças com a proposta de autodefensoria defendida pelas APAES.



Finalmente, precisamos construir uma realidade, onde tenhamos partidos da situação e partidos de oposição, tanto a nível nacional como a nível estadual.



Chega da farra do Poder pelo poder, isto me lembra a forma pela forma do parnasianismo, onde a elite literária escrevia coisas que, muitas vezes, nem eles mesmos entendiam.


E, exatamente é isto que vem acontecendo com a condução da nossa política, as pessoas se articulam, formam conchavos, constroem máfias para conquistar o Poder e depois disso, não sabem o que fazer com o Poder e aí, continuam se articulando, fazendo conchavos, nutrindo máfias para se perpetuarem no Poder.


Não, no Poder meio de realizações coletivas mas, num poder fim, que não serve pra mais nada, a não ser, encher os bolsos dos mafiosos, a cada dia, mais e mais.


Talvez por isso, que os nossos administradores públicos não têm senso de manutenção de preservação. Eles constroem obras, fundam cidades, criam acentamentos populacionais etc sem sequer se preocuparem com as verbas de restauração dos futuros desgastes provocados pelas corrosões do tempo implacável.


Vocês já viram que, além de não existirem verbas de restauração, quantas cidades novas surgiram no DF, mesmo com as, antigas ainda sem qualquer urbanização?


Quando Lula diz que até Jesus Cristo, para governar o Brasil, teria que fazer acordos com Judas, na verdade, ele está sendo bem eufêmico pois, os acordos com os Judas daqui, são feitos, desde a hora em que se começa a planejar o assalto de qualquer Poder constituído, talvez por isso, os mandatos deste país são tão vazios de ações efetivas, e, concretamente, em favor do bem-estar comom.



Um país que não tem partido de oposição é terreno fértil para o imediatismo, um barato que sai caro porque seu efeito é, no máximo, ilusão.


Um país que não tem oposição abre caminho para o personalismo, o individualismo, o egocentrismo cercado por todos os vícios comuns da tirania. Um país que não tem oposição, quando não legaliza, legitima todos os tipos de corrupção. O Brasil tem que ser uma verdeira República, algum dia... quem vai determinar quando, é você, sou eu, nós todos juntos, a nossa luta consciente.




Antônio Leitão

O cego de visão.

sábado, 21 de novembro de 2009

Manifesto de Candidatura

Outro dia, quando sugeri a um parlamentar que tivesse uma ideia suprema, foi que me atentei para um fato muito interessante. O Brasil, mesmo vivendo numa Democracia plena, ainda não acordou para admitir que o seu Poder Judiciário está cheio de tribunais de exceções. É Supremo Tribunal Federal, Superiores Tribunais: Desportivo, Militar, Eleitoral, etc. Ainda temos os chamados Tribunais de Contas com eficiência bastante questionável.


É claro que em cada uma destas áreas supracitadas existem respectivas especificidades peculiares de conteúdos, talvez por isso, necessitando de regras em conformidade com os seus universos familiares.


Entretanto, quebrar ou não quebrar regras é uma questão de postura e, pelo que nos parece, para se julgar uma suposta postura faz-se mister que obedeçamos os princípios do desenho universal.


Isto quer dizer que as regras podem até ser específicas, mas julgar a suposta quebra destas, pode até depender também, de conhecimentos afeitos ao assunto, porém, o ato de julgar depende, acima de tudo, da formação e autonomia do julgador, por isso, talvez seja necessário a abertura de concursos públicos no sentido de que se contrate pessoas formadas em julgamento.


Precisamos de especialistas em julgamento, porque não queremos mais sistemas fabris de excelências em crime mas, sistemas que deêm aos presos, a possibilidade de se convencerem de que o exercício da cidadania é o melhor caminho de ressarcimento social.


Solidariedade, fraternidade, igualdade e liberdade, são os ingredientes

básicos para a afirmação definitiva do Homem enquanto protagonista dos

seus próprios ideais.


Eis aí, de repente, mais um campo bastante fértil para os bacharéis em direito que, também precisarão de fiscalização que garantam a sua isenção assegurada em cada processo julgado.


Como vivemos num País onde, religiões pregam o tempo todo que "não julgueis para não ser julgado", logo, precisamos de especialistas formados em julgamentos que por sua vez, terão a grande oportunidade de contribuir para a construção de uma justiça, funcionalmente efetiva.


Esta reflexão nos leva a pensar sobre o efetivo papel do chamado júri popular que, muitas vezes, algum dos seus participantes pode condenar um infeliz que roubou um remédio na farmácia porque não tinha dinheiro para comprá-lo, todavia, no dia seguinte, dá o seu voto a um candidato bandido traficante de alta periculosidade à espera de algum benefício, às vezes até mesmo, por se tratar de um eterno desempregado.


Sem contar com a interferência feroz do preceito religioso supracitado, um indivíduo nestas condições, conseguiria ter discernimento suficiente para fazer algum julgamento?


Depois de todos estes pensamentos colocados no papel, é interessante atentar para uma coisa muito séria, tudo indica que o nosso Poder Judiciário está cheio de divisórias intocáveis e, em isso sendo verdade, provavelmente, esteja desprovido de capacidade para o exercício de uma justiça republicana.


A partir daí, não fica difícil perceber que nem só os políticos, desembargadores, entre outros, têm a famigerada prerrogativa do fôro privilegiado, por exemplo, quantas vezes os ministros do Supremo Tribunal Federal já derrubaram liminares importantíssimas para a defesa de alguns direitos básicos do Distrito Federal nos últimos tempos?


Se o nosso Poder Judiciário ainda está assim, imaginem o que teremos que fazer para tornar este País uma verdadeira República.


Isto nos faz lembrar de que precisamos de nos libertar, urgentemente, dos fantasmas dos Donatários das Capitanias Hereditárias, dos idos tempos da nossa colonização traumática que, tinham uma enorme dificuldade de distinguir o patrimônio público do seu próprio patrimônio.


E nós... será que não estamos, ainda hoje, seguindo o mesmo modelo de prática? Por exemplo, tenho uma amiga que já foi vice-diretora de algumas escolas para onde, tinha que levar patrimônio pessoal que garantisse o funcionamento das mesmas, em razão do total descaso estatal para com a Educação, às vezes, se traiu, agindo de tal forma, como se aquele estabelecimento de ensino público, fosse de sua propriedade.


Por tudo isso, entendemos que, para que o nosso país se torne em algum dia, uma verdadeira república, precisamos muito pensar a respeito da nossa democracia representativa que na prática, representa a tudo, menos os interesses coletivos da nossa desestruturada nação brasileira.


Com o Brasil republicano, as nossas instituições poderão, enfim, se oxigenar e se renovarem com mais facilidade.


Com o Brasil republicano, os Sarneys da vida, não nascerão e morrerão no Poder constituído.


Com o Brasil republicano, as pessoas terão de entender que para existir uma

ação coletiva, não basta que, apenas eu, atire uma pedra numa

determinada direção e ache que todos tenham que fazer o mesmo, sem a

devida convicção.


E agora mais uma vez falando sobre a PEC 347, é interessante que

as pessoas só falem bem ou mal, daquilo que realmente conheçam; o faz-de-ontas é coisa de oportunista.


Quanto aos pais descompromissados que ainda acham que a escola especial deve ser um eterno depósito de deficientes, recomenda-se, tomarem conhecimento sobre o projeto dos centros de convivências, que também, têm cunho pedagógico, inclusive, talvez sejam estes centros os lugares mais apropriados para a implantação das chamadas Oficinas protegidas e ou, terapêuticas.


A escola tem um papel muito importante na vida de todos nós, bem definido, com prazo de validade e a obrigação de prestar serviços de excelência, principalmente, quando se tratar de pessoas com deficiência que, normalmente, têm nas suas vidas, um ponto de partida que exige extremo cuidado por parte daqueles que se propõem a se envolver com esta causa.


Se os nossos primeiros passos não forem bem assistidos, conforme as nossas necessidades mais prementes, poderemos estar fadados a uma caminhada falida.


Quanto aos governos, em conformidade com a Constituição Federal, são obrigados a dar plenas condições para que, não só os órgãos estatais afeitos à causa, como

também, as Entidades importantes que prestam serviço de grande qualidade como: APAE, AMPARE, ICEP Brasil, APAEDE, ABDV, Pestallozzi e tantas outras, para que

trabalhem com a necessária tranquilidade que possa garantir a colheita

de resultados de primeira grandeza tão importante para as pessoas com

deficiência.


Cabe ainda aos governos, fiscalizar com rigor este

trabalho, pois, a fiscalização tem uma função primordial para o bom

desempenho de qualquer trabalho.


O fiscal não é o imperrador inimigo como

pensam alguns, é acima de tudo, o parceiro que vai nos ajudar a não

errar.


Pra concluir, quero comunicar a você que em 2010, pretendo ser

candidato a Deputado Distrital pelo PSB, mas, antes de pedir qualquer

apoio a quem quer que seja, peço que me fiscalize, caso eu seja eleito, pois, eu

também sou passível de erros e, com a ajuda da fiscalização de cada um,

com certeza, corro bem menos riscos.


Que fique bem claro, não pretendo ser perfeito porém, efetivvo e, em vez de criar leis novas, vamos tapar os buracos das velhas leis e teremos muito menos corruptos neste país.


No dia em que a nossa Justiça for republicana, com certeza, todos os outros setores da nossa sociedade também, serão obrigados a sê-los.



Se você quiser divulgar esse manifesto, vai nos ajudar muito.


Antônio Leitão

O cego de visão

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Brasil e os Deficientes - Ensaio Avaliativo

Como já sabemos, até mais ou menos o final da Idade Média, a maioria das civilizações sacrificava as crianças com deficiência à morte, sempre em conformidade com os mais diversos costumes, crenças, etc.

Após a Idade Média vários adventos econômicos, científicos e sociais contribuíram para que os direitos humanos embrionários pudessem fazer parte das discussões que permeiaram os movimentos acadêmicos-literários-culturais.

A partir daí, as questões relativas às fragilidades humanas passaram a comover grupos sociais em surgimento de acordo com a ebulição evolutiva das atividades do Homem moderno, em busca das melhorias fundamentais para a implantação do bem-estar coletivo.

A fraternidade francesa, por volta da metade do século XVIII, contribuiu para a inserção dos cegos na Educação. Depois das grandes Guerras Mundiais, os soldados americanos, lesionados em ação e, por isso, excluídos dos benefícios do progresso social, resolveram cobrar do Estado americano, as devidas providências para mostrar que os seus sacrifícios não foram em vão.


Na medida em que os filhos da América se mobilizaram para exigir os benefícios sociais compensatórios, que lhes garantissem o retorno ao convívio social, o mundo começou a estar mais atento às questões relativas às pessoas com deficiência, durante o século XX.

Vale salientar, algumas convenções importantíssimas da OIT, partindo do final dos anos cinquenta que trouxeram determinações extremamente avançadas para a época, no que diz respeito às garantias de promoção e proteção dos direitos das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e emprego.

No Brasil nossa Constituição Federal de 1988 estabeleceu uma importante linha demarcatória. Primeiramente ao reconhecer que a equidade é política de Estado, assumindo que ela só existirá de fato, se respeitados os direitos das minorias. Em segundo lugar ao assumir o conceito de democracia participativa e co-gestão paritária de políticas públicas sociais. Dali para frente o direito das pessoas com deficiência estarem presentes diretamente na produção, controle e avaliação das políticas públicas estava assegurado.


Contudo, apenas no início dos anos noventa, aconteceu a sanção da Lei 7.853/1991, que, além de trazer uma excelente literatura jurídica a respeito dos direitos das pessoas com deficiência em todos os aspectos, criou a Coordenadoria Nacional para a Integração das Pessoas com Deficiência (CORDE), órgão coordenador transversal das execuções interministeriais das políticas públicas para as pessoas com deficiência no Brasil.

Desde então, legislativamente falando, o entusiasmo não parou e o Brasil deu saltos gigantescos, tanto no número quanto na qualidade das Leis compensatórias para beneficiar as pessoas com deficiência. Leis como a 8.213, a 10.048, a 10.098, o Decreto presidencial 5.296/2004, a adoção da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência da ONU e outras.

Hoje, o nosso país tem, provavelmente, a legislação mais evoluída do mundo no que se refete às questões relativas às pessoas com deficiência. Entretanto, ainda há que se transpôr barreiras enormes para fazer com que estas leis fantásticas virem realidade pois, não é segredo nenhum, a dificuldade extrema que as nossas autoridades têm para cumprir a legislação, da qual todos eles se dizem signatários de primeira hora.

A nós, parece que isso ocorre, também, por uma fiscalização precária dos poderes competentes.

Não se deve nem se pode deixar de mencionar os exemplos de experiências de sucesso nas capitais das regiões Sul e Sudeste do Brasil onde, frequentes tentativas de igualdade em oportunidades e adequação de condições para que as pessoas com deficiência tenham um padrão satisfatório de desempenho social, tem sido um fato constante, não só quando se fala em assessibilidade como também, no que diz respeito a trabalho, transporte, educação, esporte, lazer e cultura.

Agora, concluindo, não dá para esconder o oportunismo de plantão que impulsiona a voracidade irrevogável dos nossos "burros motivados" travestidos de parlamentares para garantirem os votos necessários para a próxima eleição, afinal defender pessoas com deficiência pode dar destaque na mídia.

No Distrito Federal, uma Lei de 2008 prevê, entre outras coisas, que a rede bancária local forneça estrato em Braille para deficientes visuais. Como o autor da lei não conhece a operacionalização da concessão do benefício e muito menos o fato do assunto ser competência do poder executivo federal, quis obrigar a todos os bancos a garantir o serviço em todas as agências bancárias, na hora em que os supostos respectivos beneficiários solicitassem o estrato em braille através dos caixas eletrônicos.

Mais recentemente, outra deputada do DF, ao ouvir falar na necessidade da construção de um prédio para abrigar o Centro de Ensino Especial para deficientes visuais da capital do país, procurou logo garantir uma “generosa” emenda parlamentar supostamente, com este objetivo. A emenda é de R$ 300 mil (cerca de 167 mil USD) para 2010. Certamente a deputada não sabia que em 2006, o projeto da escola foi orçado em quase R$ 4 milhões (cerca de 2,3 milhões de USD ).

A deputada federal Rita Camata que trocou de Partido nos últimos meses e, por isso, está sujeita à perda de mandato, está tentando aprovar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que garanta que a pessoa com deficiência não tenha idade para ser inserida no sistema educacional nacional. Talvez ela desconheça que além do papel da EJA - Educação de Jovens e Adultos, há outras leis que respaldam o assunto em foco. Mais estranho ainda é a Deputada querer fazer com que este assunto redundante ganhe status de PEC. Esperamos não haja nenhum vício a ser escondido por trás desta estratégia, no mínimo esdrúxula.

É claro que devemos elogiar as boas leis e lutar para que estas sejam preservadas. Também devemos lutar pela sua regulamentação. No entanto, mão basta comemorá-las. É necessário que saiam do papel rumo à concretização de políticas públicas sociais. Somente assim as pessoas com deciência poderão exercer a sua cidadania em todos os sentidos.

Finalmente, deve-se frisar que nenhuma liderança constituída, seja pelos três Poderes Republicanos da Nação, quanto pela investidura da presidência de uma ONG (Organização Não-Governamental), não importando o seu porte, nem tampouco, quantos votos obteve para chegar onde chegou, tem o direito de criar qualquer lei ou instrumento para deleite próprio em detrimento dos interesses daqueles que lhe deram votos.

Todo resultado imediatista tem efeito curto, muitas vezes, bem menor do que o alívio provocado por algum analgésico na hora de uma dor inspuportável.
Precisamos investir em direitos sociais que tenham como princípio fundamental, a concessão do apoio assistivo, alternativa contrária ao assistencialismo. O apoio assistivo é um contrato social entre o Estado e o indivíduo que, ao mesmo tempo, permite ao beneficiário degustar o peixe, mas também o estimula a pescar o peixe do qual se alimenta. Isto é, a se sentir insentivado a buscar energias próprias para garantir a consecução do seu amanhã feliz.

Este é o lema: Busca de calor humano, sempre; dependência extrema, jamais.

Só deveria exercer cargos públicos quem tem espírito coletivo, alma republicana e mente solidária, voltada para causas e não para coisas.

O sucesso das nossas leis depende da participação das pessoas com deficiência como protagonistas de sua própria causa, cabendo ao Estado com todos os seus instrumentos, servir de suporte, não de guia. E, essa verdade os libertará para a formação de cidadãos autônomos e indepedentes, conquistando o seu próprio espaço, fundamentados pelos princípios da produtividade e da felicidade, para as quais todos os homens nascem vocacionados, bastando proporcionar-lhes igualdade em oportunidades e adequaçao de condições.


Antônio Leitão

O cego de visão

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Histórico

Filiação: Cristiano Barros Leitão e Ana Araniza Gomes leitão
Data de Nascimento: 01/07/1958
Nacionalidade: Brasileira
Natural de: Santa Quitéria-CE


Histórico

1958 – Nasce cego em Santa Quitéria – CE;
-Aos 12 anos vai para o Instituto de Cegos Hélio Góes em Fortaleza – CE, iniciar os estudos;

1975 - chega a Brasília onde conclui o 1º e o 2º Graus;

1976 - já participa de eleições do Centro Cívico da escola;

1981 - Participa da eleição do Grêmio Estudantil, que mesmo tendo o dobro de votos da chapa vencedora, por questões políticas, sua chapa não foi aceita;

1981 – Conclui o curso Técnico em Secretariado;

1982 – Ajuda a fundar a Associação Brasiliense de Deficientes Visuais - ABDV;

1984 - Ingressa no curso de Letras do UNICEUB, já participando das eleições do Centro Acadêmico e dos movimentos pelas Diretas Já;

1986 - Forma-se em Letras Plenas;

1987 - 1989, trabalhou no HRT como AOSD em radiologia;

1988 - 1989, professor de Literatura no Colégio Compacto do Gama;

1989 - Através de concurso público, entra para a FEDF - SEDF e ajuda o Professor Libério a fundar o PSDB de Ceilândia;

1990 - Realiza o primeiro Encontro dos Músicos de Ceilândia;

1992 - Funda a APPROVI-DF (Associação dos Portadores de Problemas Visuais do DF), onde durante cinco anos, desenvolve extenso trabalho em prol da categoria, como: sonorização dos sinais de trânsito, vários seminários de profissionalização dos deficientes, entre outras atividades.

1993 - Promoveu a maior manifestação reivindicatória de cegos do Brasil na Câmara legislativa – DF com mais 100 cegos;

1994 - Faz parte do Banco de Olhos de Brasília com o Dr. Silvino de Brito, onde durante 4 anos, ajuda a desenvolver várias campanhas de conscientização, pela doação de órgãos. Esse trabalho cessou em 1998, quando ficou 36 horas à pão e água em frente ao Palácio do Planalto, buscando a sensibilização do Presidente da República para a sanção da Lei de Doação Presumida de Órgãos. Ainda, neste mesmo ano, ajuda a fundar a ADAPTE-DF – Associação de Apoio aos Portadores de Necessidades Especiais do DF;

1992-1994 - Apresentou pela rádio Nova Aliança, o programa Nova Visão, dedicado à causa dos deficientes;

1995 - Presidente do PMDB de Ceilândia;

1996 - Entrega de um Abaixo-assinado com mais de cem mil assinaturas, ao então Presidente do Senado Federal José Sarney, em favor da estabilidade no serviço público das pessoas com deficiência; dezembro do mesmo ano em frente ao Congresso, um dia de greve de fome, pela mesma causa, com total cobertura da Imprensa.

1997 - Participa do livro AMOR A Força Mágica da Educação, de Ivone Boechat e Maria da Guia Lima Cruz, êx-Subsecretária de Solidariedade e êx-Secretária do Trabalho do Distrito Federal;
-Responsavel pela criação do acordo junto aos cartórios do DF, onde os cegos não precisam mais de tutores para assinar qualquer contrato, ou documentação;
-Acordo com a rede bancária do DF, para que os cegos possam ter contas e talão de cheques, sem precisar de um tutor;

1998 - Passa a fazer parte do movimento das rádios comunitárias;
-Participou de quatro eleições do SIMPRO - DF: 1995, 1998 e 2001 e 2007;
-Tem músicas gravadas e poesias publicadas;
-Participante e vencedor de vários festivais de músicas locais;
-Tem sido desde 1992, por várias vezes, objeto de matéria da TV Globo, TV Brasília,
Correio Brasiliense - Jornal de Brasília, CBN e Rádio Nacional AM;

1998 - 2002 - Colaborador assíduo do Jornal Ceilandense, Diretor e locutor da extinta rádio comunitária Ômega FM, 94,1;

2002 – Enquanto candidato a Deputado Federal pelo PL – DF, entrega 16 pedidos de investigação ao Ministério Público Eleitoral contra o Governador e candidato à reeleição ao GDF, Joaquim Roriz e sua equipe, ano em que apóia incondicionalmente a candidatura de Geraldo Magela para Governador do DF, Cristovam Buarque para o Senado e Lula para Presidente, mesmo sob pressão e boicotes de seu partido, o PL;

2003 – Jornalista Profissional - DF02942JP, DRT/DF 000315/2003;
2005 – Especialização em Orientação Educacional em Ensino Especial pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Região Norte – FACETEN;
-Criação do Instituto Nova Visão – INOVI;

2005 – Mentor da criação do fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência;

2006 - Candidato a Deputado Distrital pelo PPS;

2007 - Criação da Frente Parlamentar de Defesa da Pessoa com Deficiência, no Gongresso Nacional;

-Responsável pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OABDF;

2009 – Criador do Núcleo de Base de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do PSB;

Atualmente é Professor do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais – CEEDV, Delegado Nacional da Organização Nacional dos Cegos do Brasil – ONCB, membro titular do Coselho Fiscal da Cooperativa de Crédito dos Trabalhadores em Educação do DF, ativista permanente da fiscalização contra a conrrupção, esposo, pai, avô e cidadão pleno.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Farsas da Inclusão

Em seus mais de 49 anos, o Distrito Federal tem sido frequentemente, vitima de um populismo espetaculoso, que sobrevive dos sopros de factoides que servem de veículo de enganação, de ilusão, de corrupção, enfim, de corrosão dos cofres públicos.

Esta farra é promovida por fanfarrões de hábitos e palavras totalmente desconexos da legalidade, da regularidade formais, que legitimam a ingerência e os maus costumes do uso das coisas públicas, como se fossem propriesdade privada.

É hora de mudança. Precisamos de políticos que mesmo em púlpitos, evitem falar de mudanças milagrosas, mesmo porque, como diz um grande amigo meu: “Há que se estabelecer a diferença entre aqueles que se servem de Deus e aqueles que servem a Deus”. Precisamos de homens que tenham o comprimisso moral de somente assumir compromissos possíveis, que não sejam distante da realidade.

Enquanto isso não acontece existem leis, como a 4.317/2009, que apresenta vícios de constitucionalidade, quando se diz regulamentar a situação dos deficientes sensoriais monolaterais. A Lei, no artigo 1º, se define como "Política Distrital da Pessoa com Deficiência", portanto DESCONHECE o CODDEDE como o lugar dessas políticas, já que o órgão não foi sequer consultado sobre o assunto.

A lei é imposta ao órgão como dada em flagrante desrespeito à Lei Orgânica do DF. O executivo não deveria ter sansionado a lei sem ouvir o conselho. Além disso, essa lei se propõe a criar regimento para os Conselhos. Ora, até onde sabemos, os conselhos, como o CODDEDE por exemplo, são órgãos deliberativos, autônomos, conforme reza a Lei Orgânica do DF, e ninguém senão o CODDEDE para, caso necessário, refazer seu próprio regimento.

Essa lei, além de alguns atrasos em seu conteúdo tira, na prática, a funcionalidade da CORDEDF, e se alguém pensa que regulamentação disdiz aquilo que estabelece um Artigo de uma lei, está no mínimo brincando com a inteligência jurídica.

Vale salientar a necessidade urgente de correção das assimetrias de assessibilidade em conformidade com a gravidade das deficiências, mas neste momento é fundamental evitar distorções que só venham tornar mais dificil a vida das pessoas com deficiência. Exemplo disso é o *Art. 5º- Para fins de aplicação desta Lei, devem-se considerar as seguintes categorias de deficiência:

II - **Deficiência auditiva
a) **Perda unilateral total
III – deficiência visual:**
a) visão monocular;*

Por isso, pedimos ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Distrito Federeal – CODDEDE e à Comossão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OABDF, que tomem as devidas providências junto à Procuradoria Geral do DF, para que antes que seja tarde a Lei 4.317/2009 tenha as devidas correções.


Atenciosamente.


Antônio Leitão
O cegod e vidsão

domingo, 18 de outubro de 2009

PACTO COLETIVO

Frequentemente, se escuta expressões como: "o povo unido, jamais será vencido"; "ninguém é

tão forte sozinho, quanto todos nós juntos"; "um por todos e todos por um"...


Vem a Bíblia e nos mostra que uma só vara, a gente quebra com facilidade mas, quanto mais varas juntarmos, tanto mais será difícil quebrá-las.


Conforme pode-se observar, todos estes jargões pregam a união e, em princípio, parece que, para que esta suposta união aconteça, basta uma varinha mágica ou a boa-vontade avulsa de cada um.


Entretanto, quando paramos para observar religiões, clubes de serviços, máfias criminosas e, porque não dizer, até mesmo as cúpulas em geral, verificamos que, na prática, não existe magia nenhuma, nem tampouco, boas-vontades avulsas como base fundamental do sucesso da sobrevivência destas organizações.


Elas existem por causa de objetivos gerais e específicos cujos, nobres ou não; um código de ética ou de antiética mas, acima de tudo, um sistema educacional de cumplicidades conscientes onde, todos conhecem quais são os limites: prêmios e as punições no caso de cumprimento pleno ou descumprimento de regras.


Não tem segredos. Se queres crescer, cumpre a Lei; caso contrário, não crescerás. Podendo às vezes, até mesmo seres eliminado do processo. Bem o contrário do que muita gente possa pensar ou avaliar: isto não é uma ditadura mesmo, apesar dos métodos e mecanismos utilizados para alcançar o êxito nos objetivos.


Pois, habitamos um mundo moderno e democrático e, sem contar que temos a obrigação para com nós mesmos, de só aceitar aquilo que entendermos; senão, estamos nos vendendo ou nos entregando, irresponsavelmente, aos caprichos da nossa covardia.


O certo é que toda vítima é um cúmplice em potencial.


Que fique bem claro: não há aqui, qualquer intuito de construir julgamentos, juízo de valor ou algo parecido a respeito das funções, do funcionamento ou das funcionalidades destes organismos.


Pretende-se tão somente, mostrar para as pessoas comuns que, a conquista de qualquer Poder, grande ou pequeno, passa, necessariamente, pela concepção, construção e execução do planejamento de um sistema grupal organizado, hierarquizado e disciplinado onde, prevaleça o sentimento coletivo em que cada um tem o seu papel importante mas, as coisas só vão funcionar se cada um souber preparar a Terra, plantar nela, regar esta planta... para depois colher os seus frutos.


Se não for assim, se cada membro de um grupo não tiver a consciência a convicção e a sabedoria de reconhecer e aceitar que a Vida é feita de etapas e que, precisamos vencer cada uma destas, em conformidade com as nossas contribuições e as oportunidades que, surgirão a partir destas contribuições, para concretizarmos os nossos sonhos, não há grupo que resista ao tempo, até porque, estará fadado ao fracasso.


As conquistas são lastreadas de laços convictos transformados em sentimentos coletivos, sem perder de vista, é claro, as individualidades, não, o individualismo.


Caso estas conquistas se transformem em ganâncias individualistas e imediatistas, não passarão de mero tempo perdido onde, as frustrações serão inevitáveis e todos se sentirão um zero à esquerda, no final.


Tenho um amigo que diz: "se até os bandidos se unem, por que nós, não?" Por último, veja a operação: 1+1+1+1=4, 2+2=4, no primeiro caso, tivemos quatro elementos, no segundo, dois elementos. Se na primeira operação eu retirar qualquer um dos elementos, jamais encontrarei o número 4, já, na segunda operação, eu substitui os quatro elementos por dois e a soma foi a mesma.


Isto pode querer dizer que quando trabalhamos em grupo, todos somos importantes e às vezes até, insubstituíveis; entretanto, basta mudar o contexto e o nosso valor individual poderá ser zero.


O crescimento gradativo individualizado dentro do grupo, dependerá da manutenção da harmonia global no desenvolvimento do trabalho coletivo.


O susto dos atropelamentos, além de quebrar a corrente universalizada, interromperá o bom andamento da construção do bem-estar comum, projetado.




--
Antônio Leitão

O cego de visão.

DESPRECONCEITUALIZAÇÃO

Existe um mito na nossa sociedade que vem permeando, de maneira arraigada, ao longo dos tempos, os parâmetros de avaliações, das pessoas preconceituosas, segundo o qual o indivíduo fez isso, é assim, ou assado, porque é negro, deficiente, homossexual etc.

Esse estígma tem feito com que algumas pessoas, ao chamarem para si algumas responsabilidades, se sintam na obrigação de fazer o melhor por pertencer a categoria X, ou Y. Se esquecendo de que ninguém faz isso, ou aquilo, ou melhor: ninguém tem desvio de caráter por ter em si um déficit, ou uma cor, mas, acima de tudo porque é um ser humano e suas ações e reações são resultados da formação que construiu em si, a partir de estímulos externos e internos.

Quando assumimos um compromisso, temos que fazê-lo com responsabilidade. No que diz respeito ao perfil do desempenho desse papel, é uma quetão pessoal que envolve capacidades adquiridas através das experiências, fruto das oportunidades que a vida nos dá.

Cumprir o meu papel e responsabilidade minha. Superar minhas expectativas também deve ser um desejo meu. Em momento algum devo fazer isso para responder às expectativas de quem quer que seja, até porque muitas vezes, estas são maldosamente construidas.

Ouvi recentmente, um comentário do colunista Cláudio Humberto, que diz o seguinte: "Eu não tenho compromisso com a imparcialidade". Isso teria que ser internalizado por todos, na medida em que cada um forme suas opiniões a partir de fatos de reais, não de ilusão de ótica, ou suposições emotivas.

Portanto, devemos combater a hipocrisia.
Se você é deficiente, negro, mulher, homoafetivo, exerça sua cidadania com responsabilidade, procurando cumprir este papel, usando, todo o potencial disponível em você para fazê-lo da melhor maneira possível. Entretanto, em caso de falhas, não se foque no sentimento de autopiedade, em função da sua condição de menos favorecido socialmente. O erro é passível de qualquer pessoa, até porque o desempenho da atuação de cada um, não depende só de si mesmo. Existem os fatores internos que podem lhe atirar na lama, ou te levar à fama. O erro também é ferramenta de amadurecimento.

A autoaceitação é fundamental para o bom desempenho de qualquer papel que você for exercer. Seja você mesmo, satisfaça suas expectativas, é claro sem ser egocêntrico, mas lembre-se: expectativas alheias, normalmente são carregadas de sentimentos suspeitos.

Supere a si mesmo. Nunca os outros!

Atenciosamente.



Antônio Leitão

O cego de visão.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Finalmente, Uma Fresta de Luz na Política

Graças a uma decisão judicial de um Iluminado, para a tristeza dos adeptos do atraso e, para deleite dos Espíritos libertários deste País, os pré-candidatos a Prefeitos e a Vereadores de algumas cidades brasileiras foram obrigados a provar que não são analfabetos para depois, fazerem jus a uma vaga de candidato nas próximas Eleições. Medidas sábias como esta, só vêm contribuir, mais e mais, para o engrandecimento qualitativo tanto do Poder Executivo quanto do Poder Legislativo da medíocre e conturbada Política brasileira. Política esta que, atualmente, só tem trabalhado em prol da ganância desenfreada dos caciques, Medievais defensores incontestáveis dos interesses duma egocêntrica elite que, não consegue enxergar a um palmo do próprio umbigo, onde, o seu próximo, não passa de mero escravo a serviço da legitimação do lamaçal que permeia os métodos de dominação dos comandantes dos destinos de nossa sofrida e passiva Nação.

Com certeza, medidas como esta, não são discriminatórias, porém, enobrecedoras de qualquer cultura política que se preze; posto que, aquele político que adquirir capacidade de ler e interpretar qualquer texto, estará, portanto, apto para elaborar idéias, analisar as, dos outros e, deixar de ser o Político-Piolho, também, qualquer indivíduo nestas condições, não poderá mais ser acusado de estar ali, só por causa do seu próprio emprego a para abrigar parentes. Qualquer indivíduo em condições apropriadas para tal, estará pronto para prestar serviço da melhor qualidade à sua comunidade.

Por isso, só nos resta parabenizar ao Iluminado sujeito desta decisão libertária; pois, caso o TSE resolva tornar regra indispensável esta Medida Judicial, certamente, os nossos impostos serão mais bem aproveitados, os nossos gastos públicos serão mais equilibrados e o nosso povo, imensamente, beneficiado. E, quanto àquele analfabeto que quiser concorrer a uma vaga na Política, é só buscar a luz da sabedoria das letras, que será o passa-porte mais viável para o exercício da liberdade, da Cidadania Plena, portanto da verdadeira Democracia. O povo precisa aprender a gostar de Política e assim, contrariar àqueles que fazem tudo para afastá-lo dela. Não devemos nos esquecer de que só haverá lama na Política enquanto esta for feita por porcos de nascença... com todo o respeito que os suínos merecem.

Que o Sonho, nutriente fundamental da Esperança, o mais sublime dom de sentir saudade das coisas que eu, ainda não foram vistas, tais como: a Cura da aids e do câncer, Saúde e Cidadania, Trabalho e Moradia, ruas limpas e livres da violência, Educação pública de qualidade para todos, com boa auto-estima e dignidade, etc, permaneça como espelho impulsionador do Amor do Homem para consigo mesmo e para com o Próximo, reciprocamente. Só assim teremos um dia, fome zero neste país.



Atenciosamente

Antônio Leitão

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reflexão

Há poucos dias a OABDF, promoveu uma grande manifestação pela ÉTICA NO SENADO.

Anailisando esta iniciativa sob a perspectiva de levar o povo a se mobilizar, podemos considerar que este evento é extremamente positivo, pois, em se tratando de Brasil, tradicionalmente, a inércia e a pasmaceira, sempre prevalecem,

É que, o nosso povo, a pesar de ser passional e parcial, é passivo, mesmo com a sensibilidade à flor da pele. Enquanto isso os nossos irmãos argentinos, enchem as ruas, sempre que alguma conquista coletiva é ameaçada, aqui, pelo contrário, conforme as circunstâncias, qualquer grupo reunido pode caracterizar motim. Como se pode perceber, o espírito autoritário conservador, sempre preocupado em manter as coisas como estão, predomina.

A eternização do ambiente que favoreça a continuidade do coronelato à frente de seus respectivos feudos, tem que ser garantido a qualquer custo. Entretanto, os principais responsáveis pela não mudança da mentalidade do nosso país, somos nós mesmos.

Aqui, ninguém quer saber do efeito, mas da eficácia, ou seja, desde que a colheita venha rápido, não importa a qualidade, ou a quantidade, o importante é render, nem que seja migalhas, contanto que seja imediato.

Isto nos leva a trocar a prática do investimento e do empreendimento pela prática do aventuramento; daí vem aquele ditado: "qualquer paixão me diverte".

O brasileiro não costuma usar a inteligência emocional, mas a, sentimental. Vamos pegar como exemplo, o submundo do crime que se encaixa na primeira opção, só faz grandes assaltos; quem se encaixa na segunda, mata por qualquer par de tenis etc.

Fizemos todo este preâmbulo, para fazer a seguinte pergunta: Será que é só o Senado Federal que precisa de Ética? Cada senador veio de algum lugar, representa uma base eleitoral de algum seguimento de nossa sociedade, trilhou algum caminho para chegar até o Senado.

Quem não se lembra do velho Chico Buarque: "...Joga pedra na Geni, ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir..."; Por que será que Sarney é hoje, a Geni do Senado? E os outros senadores? E o resto dos membros dos Três Poderes? São todos cidadãos de bem, legítimos representantes dos verdadeiros interesses coleticos e andam conforme a Lei?

Já que é pra limpar, então vamos passar o Brasil a limpo, porém de maneira equilibrada, consistente, coerente e séria!

Nada de assodamento conveniente.

Não deixe de comparecer ao evento.

É a nossa garra que define o tamanho da nossa vitória!!!


Antônio Leitão

O cego de visão.

sábado, 12 de setembro de 2009

A Credibilidade da Representatividade

Quem tem mania de grandeza, jamais pensará grande, tanto quanto os idiotas nunca se contradirão. Isso nos lembra que só porque alguns viajam no setor Classe A de um avião, se sentem melhor do que aqueles que da classe econômica, sendo que muitas vezes, todos irão a um mesmo destino. Em caso de acidentes, todos terão também um mesmo destino.

Um deficiente visual que mora numa cobertura luxuosa e outro que mora num barraco de uma favela, ao abrirem uma bengala, todos serão chamados de "ceguinhos". Preconceito, ou não, é algo que faz parte irrevogável dos dois indivíduos. Como se pode ver, o conforto só é válido enquanto coisa essencial, não como adorno supérfluo, ou seja: é de bom alvitre que cada conquista tenha objetivos nobres, do contrário, nos tornará meros escravos do ogulho e da vaidade.

É claro que uma vitória, humanamente bem alicerçada é incontestável e deve ser comemorada. Indo mais além e, nesta mesma perspectiva, subterfugiar os pobres, as crianças e Deus para escalar os degraus da fama e do sucesso, tem lá suas pequenas diferenças, quanto ao conteúdo do resultado, se conseguirmos discernir o viés entrelaçador da relação de poder entre os sujeitos e seus respectivos objetos.

Neste caso, seria mais recomendável que as supostas lideranças quando quisessem construir seus próprios palácios, os fizessem em seus próprios nomes. É como diria o Professor Cristovam Buarque: "um individuo só se torna candidato a Presidente, em primeiro lugar, se ele mesmo quiser."

Portanto, parece que está na hora de repensar este institucionalismo que, na prática, não representa qualquer consenso decente, mas, institucionaliza unanimidades ou terríveis ditaduras mascaradas. E, o que é pior, na maioria das vezes é feita em nome das fragilidades dos menos afortunados sob a perspectiva do poder da informação.

É claro que explorar as fragilidades humanas sob qualquer pretexto será sempre algo abominável, entratanto, quando se faz isto sob o ponto de vista das reservas e dos medos sobrenaturais, estamos sendo mais cruéis, pois lançamos mão de um apelo daquilo que não podemos ver, pegar, etc. Por isso esta suceptibilidade é mais falencial do que qualquer outra. A lei do homem, que sequer consegue atingir os mais ricos, como poderia alcançar o inatingível?

Explorar as fragilidades do relacionamento humano com o mundo desconhecido do sobrenatural, implica mexer com a fé, não com aquela que é sinônimo de confiança, perspectiva hipotética, ingrediente reconstrutor das verdades, mas com aquela que é sinônimo de crença, se encerra em si mesma, é abstrata, depende da sensibilidade de cada um.

Como se pode notar, eu não posso comprar aquilo que depende de mim mesmo apra existir. Precisamos nos libertar do poder do institucionalismo exacerbado e, muitas vezes forjado. Se conseguirmos ser solidários, fraternos e capazes de interpretar as agruras dos nossos semelhantes e de nós mesmos, não precisaremos de subterfúgios para dar soluções humanas aos problemas humanos.

Para concluir, todos falam em carga tributária excessiva, mas ninguém fala em sonegação, também excessiva, além dos chamados impostos preventivos contra roubos, incêndios etc.
Que tal se acabássemos com o imposto de renda da pessoa física e passássemos a cobrar imposto de todas as intituições lucrativas, filantrópicas e, por que não religiosas, deste imenso país? Talvez, a partir daí, todos teríamos condições de saber para aonde vão as nossas contribuições e doações financeiras.



Antônio Leitão

O cego de visão.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Representatividade Falida

Conforme informações da imprensa, o DF e Entortno, hoje, tem mais de 4,5 milhões de habitantes. Se levarmos em consideração que o do DF tem mais de 2,6 milhões, poderemos ter em 2010 quase 2 milhões de eleitores.

Também, se atentarmos para o fato de que cerca de meio milhão de eleitores do Entorno votam aqui, então o DF terá cerca de 2,4 milhões de eleitores, ou seja, se todos fossem votos válidos, um Dep. Distrital precisaria de cerca de 100 mil votos para se eleger sozinho.

Entendemos enfim, porque ARRUDA investiu mais no entorno do que aqui no Distrito Federal. E o que é mais grave, está querendo assumir o gerenciamento do transporte coletivo do Entorno, antes disso seria interessante gerenciar decentemente o nosso transporte público local.

Vejam bem, nossa Saúde está um cáos, Educação, Seguraça e Transporte, pior ainda. Isso nos remete à velhja tese de que já passa da hora de aumentarmos o números de cadeiras na Câmara Legislativa, pois atualmente, além de sermos mal representados qualitativamente, também o somos via monopólio. Não é conjuntura. Estamos falando de estrutura. E, não venham me dizer que um maior número de deputados só serve para aumentar o número de degenerados na Casa em questão.

É preciso lembrar que cada um dos que lá estão hoje, ou representa a maioria, ou então é fruto de fraude do TRE. De qualquer forma são "nossos" repesentantes. E, precisamos aumentar esse números porque o números de pessoas a serem representadas, hoje, é três vezes maior do que era à época da criação da Câmara Legislativa.

Chega de Monopólio!
Precisamos de mais opções para fazermos a nossa escolha com mais segurança. Porém, temos de ter compromisso de fazê-lo pautados pela ética e a moralidade.

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Antônio Leitão

O cego de visão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Educação, a Panacéia dos Males Humanos

"Toda criança, ao fazer quatro anos, deve comemorar o seu aniversário numa Escola” (Cristovam Buarque - 2004) e só largar este ambiente, quando for Cidadão, Consciente, Produtivo, Livre, portanto, Feliz.

O Brasil necessita, urgentemente, de uma Política Educacional ousada e progressista, onde a democratização do conhecimento seja considerada ingrediente básico e tudo deve ser feito para garantir a todos, o acesso a este.

O adquirir conhecimento tem que ser cultivado como o mais nobre e legítimo modo de conquistar Poder. Não o poder para dominar as pessoas, mas o Poder de Ser capaz de criar condições, no mínimo, essenciais e fundamentais para que o cidadão promover o seu desenvolvimento individual em prol do benefício de si mesmo e da coletividade humana.

Só quando isto acontecer, o nosso País deixará de ter cerca de 60% de seus estudantes, que é o seu melhor patrimônio, como analfabetos funcionais. É claro que o investimento na qualidade do trabalho dos professores é muito importante, mas, acima de tudo, é indispensável que haja incentivos e motivações convincentes que façam com que o estudante se sinta, plenamente, atraído, fortalecido e recompensado pelos esforços gastos em busca do conhecimento.

Pois, o conhecimento tem que ser legalizado como o melhor instrumento de ataque e defesa para qualquer Ser Humano. O conhecimento, ao mesmo tempo em que nos dá luz, Liberta-nos da ignorância. Nunca ninguém saberá o suficiente; por isso, é de vital necessidade que cada um faça a sua parte. Até porque, já dizia Einstein: “O Todo não é, simplesmente a soma de suas partes; mas, o resultado das relações qualitativas entre estas”.

Todo brasileiro deve se sentir digno, o suficiente, para se considerar responsável partícipe pela condução dos destinos do País; e, a única maneira de se conseguir isto é dando razões prioritárias para que a auto-estima deste indivíduo esteja sempre em consonância com suas expectativas e perspectivas para que possa estar buscando concretizar suas potencialidades e possibilidades.

Tornar um Homem produtivo é fazê-lo realizado; e, só a realização faz alguém se sentir engrandecido. O engrandecimento fortalece a vontade irrevogável de crescimento... E só por meio da Educação o Brasil salvará o seu Povo da miséria, da escravidão e da mediocridade.

Portanto, enquanto a Educação for uma questão de tirar a população da UTI, não se deveria eleger políticos analfabetos, isto não é preconceito, é porque estes, lamentavelmente, jamais terão a devida capacidade de análise de definições e interesses que venham satisfazer a necessidade que o povo tem de ser educado. Com certeza, essas pessoas facilmente, não por maldade, às vezes, fecharão questão em nome do ter em detrimento do ser, quando o ideal é o equilíbrio entre ambos.

Deve-se salientar que exceções à regra, como Collor e FHC, que tinham tudo para perceber isto, não o fizeram, certamente por motivo de índole, e aí, é onde se deve ressaltar a idéia de que Políticos, Advogados e Policiais, deveriam sofrer pena tríplice por cada crime cometido.

Antônio Leitão

O cego de visão.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Analgésico ou Antibiótico

Quando matamos a fome, ou aliviamos a dor de alguém, estamos prestando um serviço. Entretanto, dependendo do tempo de duração da vida dessa pessoa, nos faz perguntar quantas vezes ela sentir dor e fome e fome? Será que cada vez que essa pessoa passar por qualquer uma dessas dificuldades eu estarei por perto para cumpror esse papel?

Baseando nesta reflexão, cabe-nos verificar até que ponto o resultado do nosso trabalho causa qualidade de vida para alguém. Por isso resolvemos classificar o resultado do nosso trabalho como: Resultado Paliativo e Resultado Efetivo.

O Resultado Paliativo tem como objetivo básico, o alívio, que supre a aflição imediata. De carater transitório, pode estimular a dependência, portanto, transformando uma necessidade em vício. Inspira insegurança, é inflacionário e pode se tornar infracionário, alimentando a corrupção;

Por outro lado, o Resultado Efetivo tem como objetivos básicos a cura, a educação e a libertação, portanto, tem carater preventivo, promotor, protetor e de manutenção da produtividade. Inspira estabilidade, independência e autonomia. Por advir de pressupostos semeadores de estímulos à autonomia, o Resultado Efetivo não dá asas ao paternalismo e previne a corrupção. Ao contrário do Resultado Paliativo, possui âmbito coletivo e não personalista.

O Resultado Paliativo é praticado por políticas de Governo, enquanto o efetivo é produzido por política de Estado. Quando se diz por exemplo, que o deficiente precisa de suporte e não de guia, não se pretende tirar mérito de quem quer que seja, mas valorizar os méritos dos objetivos assistivos, que fazem com que o individuo assuma responsabilidades, compromissos e os cumpram, conscientes das consequências que poderão vir se assim não o fizerem. Porque, no que diz respeito aos abjetivos assistencialistas, os seus supostos beneficiários são irresponsáveis imaturos e jamais atingirão o exercício da cidadania.

Vale aqui salientar que o trabalho de resultado paliativo só tem validade enquanto atendimento básico emergencial, pois mesmo sendo cíclico tem função semeadora, do contrário é emro instrumento escravizador.

E aí caro amigo, a partir deste texto, como é que você consegue classificar o resultado do seu trabalho: paliativo, ou efetivo?


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Antônio Leitão

O cego de visão.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Direitos Humanos

Direitos Humanos:

Conjunto de instrumentos fundamentais e universais que visam e viabilizam a promoção e a proteção das garantias de concretização das possibilidades, perspectivas e expectativas do Homem enquanto indivíduo.

Talvez este não seja o melhor conceito para este assunto, entretanto pretende obrigatoriamente erguer uma construção de signos que retratem as mais autênticas intenções dos propósitos afeitos à esta causa.

Enfim, DIREITOS HUMANOS é tudo aquilo que serve de parâmetro para a consecução do bem comum. Vale aqui salientar que pelo menos neste país, ainda não existe movimento de direitos humanos, conforme o conceito acima. Pois, na prática, o que se vê é a faccionalização das sociedades em “castas”, onde cada uma quer se sobrepor à outra para obter, custe o que custar, o domínio total da situação. Tudo se resume, infelizmente em mera disputa de interesses, onde ninguém se prepara para ser, mas todos querem “ser”.

Como dizemos sempre, o maior problema aqui é conceitual. Por exemplo: quando uma empregada doméstica não limpa direito a sua casa, muitas vezes não é porque ela seja ruim de serviço, o problema é que até então ela não foi convencida de que a limpeza tem um papel fundamental na nossa saúde. Parece que aprender é muito complicado. Aprender, na prática é vencer barreiras, se libertar do comodismo e dos mitos e, enquanto nossa sociedade não entender que é assim que as coisas acontecem, o desempenho funcional dos nossos organismos estará comprometido.

Não sei se tudo passa, ou começa pela educação, mas sei que a formação absorvida para que as nossas construções tenham inicio, meio e fim e a partir daí os objetivos sejam alcançados em âmbito comum, é preciso que haja sincronicidade de pensamentos, atos e palavras, onde cada um esteja preparado para dar com convicção suas contribuições proativas para o bem comum.

Só haverá direitos humanos, no dia em que as pessoas se reunirem com princípios, propósitos e meios claros e definidos, que garantam mecanismos fundamentais de acessibilidade universal às conquistas humanas. Do contrário é mera rinha de galos, supostamente marginalizados.

Antônio Leitão – Brasília, DF.
e-mail: agleitao@gmail.com

O cego de visão.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A CARA DO BRASIL

O papel precípuo da Lei é proteger e promover o cidadão. No entanto, a Lei aqui tem como base o intuito proibitivo, quando não é feita para atender a uns em detrimento de outros.

Talvez por causa disto, dificilmente uma lei pega por aqui.

É como se as nossas leis estivessem em completa dessintonia com os nossos supostos valores éticos e sociais e, isto pode ser comprovado numa pesquisa da revista Veja da semana passada, onde conforme o IBOP, 70% da população confessa já ter cometido algum tipo de deslize. E, pasmem: 75% dos entrevistados repetiriam os mesmos erros dos políticos, caso no lugar destes estivessem.

O problema é que, em matéria de legislação, o Brasil é extremamente confuso: aqui admite-se o concubinato, mas proibe-se a bigamia; o adultério deixou de ser crime, mas causa danos morais; duas meninas de quinze anos agridem a uma outra da mesma idade, causando-lhe lesão no fígado, mas não cometeram crime... apenas ato infracionário.

Como se pode observar as nossa leis estão no Norte e os nossos costumes estão no Sul. Muita gente fala em valores éticos, mas muito poucos os põe em prática.

Ou mudamos as leis, ou mudamos os nossos costumes!

Não dá mais para ficarmos fazendo de conta de que somos as pessoas mais honestas do mundo, enquanto isso os nossos costumes nos condenam, o tempo todo. E, o que é pior, aqui quem denuncia é considerado desagregador, dedo duro, X9 etc.

O Brasil só terá jeito no dia em que a grande maioria de seu povo conseguir aprender a pensar, dizer e fazer uma mesma coisa, mesmo que se convencione que roubar é a melhor coisa do mundo. Porém, não dá mais para achar que aqueles que estão em nossos poderes constituidos não nos representam, conforme a pesquisa.

Ninguém engana a ninguém. Apenas enganamos a nós mesmos quando preferimos dar um jeitinho em vez de trilhar um caminho.

Ética não é bandeira. É postura obrigatória de todo cidadão que se diz de bem.

Escolher um político para nele votar não é o mesmo que optar por um time de futebol para torcer, ou uma roupa para vestir em conformidade com o gosto pela cor e o modelo e, não devemos nos esquecer de que tudo aquilo que os senadores fazem hoje no Senado já o faziam desde criancinhas, ou quando muito jovens, em cada função que desenpenharam durante suas respectivas vidas.

E, para sermos mais claros, no que diz respeito ao tema abordado, aqui no Distrito Federal, de acordo com as recentes pesquisas, os candidatos que tem mais chance de nos governar a partir de 2010, são Roriz e Arruda, mestre e discípulo, respectivamente, na atuação política mais cheia de suspeitas de fraudes, nada recomendáveis àqueles que se dizem estar em completa conformidade com a ética, a moralidade e os bons costumes. Depois não me venham chorar o leite derramdado.

Como se vê o brasileiro não desisite nunca... das manias feias.

Não há renovação na política porque não há renovação nos interesses da população.

Saudações.

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Antônio Leitão

O cego de visão.

domingo, 6 de setembro de 2009

Discurso Republicano, Prática Narcisista


Há quem diga que historicamente, o Brasil se divide em quatro camadas sociais: os honestos, os criminosos, os malandros e os otários.

Nessa perspectiva os nossos costumes não são ingênuos e as nossas leis não solucionam os nossos problemas. Isto vale, por exemplo, para, na hora de conseguir as coisas, alternativas como o famoso "jeitinho brasileiro" e o "sabe com quem você está falando".

Isso nos faz pensar no amontoado de leis inúteis produzido pelos nossos parlamentares semanalmente. Umas visam beneficiar os amigos, outras punir os inimigos, ou seja, nesta ótica, nenhuma lei serve para todos; alguns por se dizerem autoridades, outros por questão de supostas necessidades.

E ainda me vem alguns imbecis dizendo que "lei não se discute, se cumpre". Mas, que lei? A que pune os inimigos com rigores, ou a, que alimenta os amigos com benesses?

Diante desse quadro lastimável só nos resta concluir que o que falta ao Brasil não são leis, mas sim bons hábitos e bons costumes, baseados em princípios fundamentados na ética.

Desafio qual o parlamentar que ouse provar que o seu mandato tem algo de republicano. O que se vê na prática são políticos reféns de envolvimentos, não importa se escusos, ou não, mas entraves que os impedem de agir conforme manda o espírito republicano.

Uns falam em educação, outros em saúde, alguns em segurança, porém na hora de aprovarem as leis estão amarrados em seus próprios egos, ou conchavos de compadres.

Com isto, conclui-se que o Brasil só vai deixar de ter problemas desse tipo na hora que seu povo for conscientizado das feridas provocadas pelos seus próprios males.

Enquanto isso não acontece, a fome, a violência, a corrupção, as epidemias prosperarão de maneira cada vez mais irrevogável.

O que fazer para salvar o país nesse "salve-se quem puder" inconseqüente?
Antônio Leitão
O cego de visão