terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A ÚLTIMA REFLEXÃO DE 2009

É com orgulho que podemos comprovar que o PSB é hoje, dos Partidos Políticos que tiveram membros ocupando cargos no Governo Arruda, o único Partido que efetivamente, deixou o GDF. Aliás, o PSB enquanto Instituição nunca esteve neste Governo...


Conforme declarações da Executiva, Rogério Ulisses, que foi advertido algumas vezes, é que insistia em fazer opção pessoal de ocupação política por conta e risco do seu próprio Mandato Parlamentar.


Fazemos questão de frisar isto porque, com raras exceções, a grandessíssima maioria das personalidades partidárias que se dizem ter deixado o GDF, deixou em seu lugar, o seu adjunto, legítimo representante do titular desde sempre, quando o mesmo não podia estar em vários lugares ao mesmo tempo, portanto na prática, o suplente não vai fazer nada sem ouvir as ordens do seu antecessor.


Como se pode observar, nada muda no Governo Arruda, nem as possibilidades de falcatruas, nem os seus atores autores.


Este preâmbulo só serve para nos mostrar que desde 1930, os Poderes Constituídos do Brasil, não passam de um grande consórcio entre os gestores públicos e os empresários, onde, eles dividem os lucros entre si mesmos, pois fazem parte de uma cúpula irrevogavelmente hermética e socializam as despesas impagáveis, entre o restante de 90% dos brasileiros que nunca chegou sequer próximo do balcão de negócios sujos para dar qualquer opinião a respeito dos atos e acertos secretos do grande consórcio o qual, já nos referimos onde, os seus "empreendedores" ignorando as regras correntes de qualquer mercado civilizado, se autoelegem em demanda única e exclusiva e abocanham todas as ofertas produzidas pelo PIB nacional.


Que mercado é este que só leva em conta as ofertas que irão direto para os bolsos sem fundo dos negociateiros implacáveis e passam por cima das necessidades do povo, que nunca deixarão de ser tratadas como demandas reprimidas, por isso, jamais resolvíveis? É bom salientar que o Brasil já passa da hora de eleger um Presidente que não seja egresso da podricéia paulistana desvairada.


Conforme vimos naquele email que revela detalhes da operação do pagamento de supostas dívidas trabalhistas a servidores da CLDF, o consórcio que "governa" o nosso imenso País é bastante ramificado e, só se acabará no dia em que o nosso povo souber votar a favor do próprio povo.


E não basta só votar, tem que fiscalizar: pela internet, convocando as autoridades para reuniões de cobranças, enfim, exigindo também destas autoridades o direito de retirar dos mandatos ou de qualquer função pública, os vilões traiçoeiros e enganadores da boa fé popular colocados em cargos públicos, através do voto, ou seja: o povo põe, o mesmo povo tira de lá, todo aquele político que não corresponder aos anseios dos seus eleitores.

Precisamos brigar pela suspensão imediata dos direitos  
políticos de qualquer autoridade que recaia sobre si, suspeitas robustas de conduta prejudicial ao bom andamento da gestão pública, melhor dizendo: não se pode pretender que um julgamento político passe pelos mesmos trâmites de um processo judicial. Isso só será possível aqui no DF por exemplo, se conseguirmos fortalecer o pacto da renovação total, desde o Governador até o Distrital.

Por que temos que ficar alimentando candidaturas de ex-governadores ao GDF? Que diabos!!! Será que nós não temos ninguém que nunca foi governador que possa ser capaz de ocupar este cargo? Chega de Roriz, chega de Cristovam, chega de Arruda. É hora de novidade.


Roriz já governou o DF por quatro vezes e, se fosse um político correto, não teria   renunciado o cargo de senador, para não ser cassado; Cristovam fez um governo sem vícios, entretanto, hoje, não tem mais as mesmas condições de há quinze anos, o senário também está muito diferente e pretende continuar no Senado Federal desempenhando um papel mais significativo em prol da Educação brasileira; e Arruda... não dá nem pra comentar.


Precisamos de sangue novo no Distrito Federal, preferencialmente, quem nunca foi eleito ou aquele que, comprovadamente, tenha feito ao longo dos tempos, grandes mandatos... precisamos de um médico que cure as dores da nossa combalida máquina pública ou de um cego luminário que não faria de deputados, secretários de Estado; só nomearia para secretários e adjuntos, membros egressos do quadro de carreira das respectivas Secretarias, regulamentaria os Artigos 10 e 12 da Lei
Orgânica, alguns impostos arrecadados pelo GDF na qualidade de município seriam repassados equitativamente para as nossas cidades em conofrmidade com o poder arrecadador de cada uma etc.


Temos que estirpar políticos bilionários e ou, aqueles que fazem Projeto de Leis como um que obriga as empresas do DF que vendem pelo Cartão de Crédito, repassarem para as respectivas operadoras correspondentes, os cadastro dos clientes.


Não podemos mais permitir que a inércia dos nossos sentimentos de revolta deixe que a impunidade permaneça afrontando a dignidade dos homens e das mulheres de bem do Distrito Federal. Brasília só será limpa se votarmos em candidatos de ficha limpa.


Feliz   2010!




Antônio Leitão

O cego de visão.

http://www.blogdoantonioleitao.blogspot.com

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Começar de Novo?

Uma amiga me contou que o seu sobrinho-neto teria levado da sua Sala-de-Aula um brinquedo que não lhe pertencia e a Mãe o fez devolvê-lo no dia seguinte.

O menino com menos de sete anos, voltou pra casa revoltado porque todos os seus coleguinhas da mesma idade que ele, o teriam chamado de babaca por causa da sua atitude de devolver aquilo que não lhe pertencia, ou seja: pelo visto, já teria virado hábito da turma, não devolver qualquer objeto pego dos colegas. Este fato teria ocorrido numa escola de classe média de Brasília.

Quantas vezes isto pode ter acontecido com Arruda ou com algum de seus auxiliares de bandidagem? O espertinho infantil de hoje pode ser o espertalhão adulto de amanhã.

O assalto feito aos cofres públicos do DF foi tão furioso e eficiente que nem a quebra dos sigilos pessoais de cada um dos supostos envolvidos significa que a investigação terá uma conclusão bem sucedida.

É que, conforme informações de vizinhos do Aras de Arruda, não só o Aras mas também, outras duas chácaras que ficam ao redor deste, teriam sido comprados a dinheiro vivo e, dinheiro vivo não movimenta nenhuma conta bancária.

Conforme um outro amigo, isto não seria novidade aqui no DF pois, um casal de empresários falidos, moradores do lago sul, teriam guardado debaixo do colchão até a morte, cerca de vinte milhões de reais, só para evitar pagar dívidas.

E, pelos rumores que rolam por aí, estamos apenas no começo do desenrolar de grandes   emoções, pois, não sei se vocês se lembram de um presidente de uma Emprese Estatal local que foi preso na segunda quinzena de abril deste ano e nenhum órgão da grande imprensa divulgou.

Muito bem... este senhor poderia ter,  provavelmente, dividido entre a cúpula do GDF, uma vultosa quantia em dinheiro, fruto de negócios públicos.

Sabendo de tudo isso e, ainda vendo no plenário da CLDF alguns dos acusados se dizendo enojados com as denúncias imputadas a eles próprios, sendo que estas denúncias materializam flagrantes delitos, não só pelas fortes imagens como também, pela farta documentação que está nas mãos da Polícia Federal e, vale salientar que nos mandados de busca e apreensão feitos pela PF, foram encontrados com certeza, mais de 700 mil reais em doze lugares e que fique bem claro, a PF jamais iria fazer buscas sem noção do que pdoeria encontrar.

E, mesmo que alguns destes fatos possam ter ocorrido há anos, a ocultação propositada destes, pode servir de suporte à tese de que ações desta natureza, com este requinte e com objetivos escusos jamais prescreverão enquanto flagrantes portanto, devem ser encarados como se fossem fatos de hoje e os mesmos, passem a ter peso de crime de responsabilidade.

Agora, o que muito me estranha é ver  advogados Deputados querendo aplicar a estes casos sujos, os
mesmos ritos processuais da justiça comum... Ora! Estes cidadãos só podem, é estar querendo arquitetar o livramento de todos os acusados, posto que aplicar a estes casos sujos os mesmos componentes encaminhadores que amparam um processo judicial comum até o julgamento, como se estivessem num tribunal convencional, é querer ganhar tempo e evitar que a vontade do povo seja garantida.

Crime político é crime político e tem que ser tratado como tal, do contrário, vamos acabar com a falácia de que os pares são capazes de julgar os próprios pares com isenção. Conforme já foi posto, hoje apenas dois Deputados Distritais não respondem a algum processo judicial... inclusive, há alguns cujos, para cada ano de mandato haveria um processo correspondente.

Não podemos deixar de citar aqui, alguns exemplos ilustres como Benício, Brunele, Eurides e outros que ainda não apareceram no caso em foco, estão se perpetuando no Poder por causa do corporativismo escandaloso que impera no meio corrupto da prática política local, mesmo apesar das várias incidências recorrentes de cada destes, desde o nascedouro da prática política daqui.

E, neste momento especial, como Arruda é cioso por unanimidade, nenhum partido que tenha ocupado cargo nesta gestão, pode se arvorar, acima de qualquer suspeita. Vale a pena observar que nenhum Partido Político comete crime, quem comete crime são aqueles membros que são agraciados pelas cúpulas, com as oportunidades de ocuparem cargos no Poder.

Numa demonstração de que estamos vivendo uma situação das mais delicadas, parece que até o Vice-presidente da CLDF Cabo Patrício, teria feito uma Lei que beneficiaria empresas ligadas ao homem que colocou dinheiro nas meias, conforme noticiou o DFTV primeira edição da semana passada.

Diante destes fatos, além de querermos saber quem governaria o Distrito Federal, caso Arruda caísse, pois na linha sucessória que se mostra, nem o Governador nem o Vice-Governador, tampouco o Presidente da CLDF ou o seu sucessor imediato, tem condição moral para isso, só se pode concluir que, da mesma forma que só se faz boa plantação em terrenos férteis, só se rouba muito e de maneira tão despreocupada, onde há impunidade tradicional e pessoas dispostas a meter a mão naquilo que é alheio, na certeza de que isso é um procedimento natural do dia-a-dia.

Não vai haver cassação de ninguém, a CPI vai dar em pizza como todas as outras que já houveram por aqui e ainda, corremos o sério risco de ver dirigindo os destinos desta cidade tão saqueada e deste povo tão maltratado, os eternos donatários da Capitania Hereditária que o Distrito Federal se tornou, desde a sua desnecessária independência política.


Que fique bem claro, isto não é uma mera opinião, trata-se de uma terrível realidade comprovada por fatos históricos que, só não abandonam a nossa curta memória porque se atualiza mês a mês. Por isso, só nos resta lamentar o fato de que o povo, em vez de nas próximas eleições promover um pacto de renovação total, com certeza, continuará dando crédito à mesma quadrilha de sempre.





Antônio Leitão

O cego de visão.

SEM MEMÓRIA NÃO HÁ HISTÓRIA

Em 1981, enquanto ainda cursava o último ano do Ensino secundário, quando quis participar das eleições do Centro Cívico da Escola em que eu estudava, a diretora não deixou que eu inscrevesse a minha chapa, alegando que o nosso grupo teria feito o pedido de registro atrasado.




Entretanto, confessou em conversas reservadas, que eu estaria cercado de marginais, porque naquela época marginal era todo aquele que se voltava contra a Ditadura... aquilo me deixou indignado e por isso, comecei a fazer uma campanha independente. No final das eleições, tivemos mais do que o dobro dos votos da chapa vencedora, apesar de todas as pressões do corpo docente da Escola sobre os alunos. Bem... mesmo com todas as dificuldades para aceitar aquele fato, tivemos que encará-lo, afinal, ainda estávamos vivendo o ciclo da ditadura militar.




Contei esta história porque mesmo naquela época eu já, só via vantagem na conquista do Poder, se este fosse capaz de propugnar transformações concebidas, planejadas e que tivessem a garantia de serem executadas longe das garras dos espíritos malignos da corrupção; porque do contrário, não seriam transformações, mas farsas.




Parafraseando Jesus, nenhuma farsa resistirá diante da Luz... tanto quanto Arruda perecerá como também, qualquer um de sua estirpe sem qualquer direito a ressurgir das cinzas, pois durante toda a sua vida tentou tapar o Sol com a peneira e nenhuma peneira, com certeza, impedirá o brilho do Sol.




O Sol nasce para todos, jamais, apenas para os políticos bandidos que fazem da corrupção, um fim em si mesmo e do Poder, só um mero trampolim para as realizações das suas malfeitorias.




Daí, apelarmos com contundência veemente para que ninguém fique mais inerte diante destes criminosos compulsivos, que sobrevivem a todos os tipos de avalanches de denúncias sem sofrer qualquer abalo: "estou com a consciência tranquila, dormindo muito bem..."




Estas foram as palavras de uma corrupta convicta. Não se sabe se estes indivíduos são psicopatas ou sociopatas, apenas se sabe que nenhum deles, em momento algum, é capaz de demonstrar qualquer sentimento e por isso, ninguém consegue convencê-los de que cometeram qualquer tipo de erro.




O fato mais importante que não pode escapar das nossas consciências é que, estes criminosos através dos saques aos cofres públicos dividem os lucros entre eles e socializam entre todos nós, os prejuízos.




Com isso, a máquina estatal fica vulnerável, fragilizada e ineficiente. Corrupção é crime


hediondo porque as áreas de educação, saúde, segurança, transporte, emprego e habitação ficam prejudicadas e, os idosos, as pessoas com deficiência, as crianças, enfim, todos os menos favorecidos sofrem as consequências.




Por isso, faz-se necessário uma renovação completa de quadros políticos e ao mesmo


tempo, desenvolver uma campanha cívica com a seguinte máxima: não basta votar, tem que fiscalizar, pois só através da fiscalização participativa o Distrito Federal terá um novo rumo na sua prática política.




Esta fiscalização participativa torna-se de extrema importância porque, na medida em que o DF é ao mesmo tempo, Estado e Município, e teve um aumento absurdo no consumo de bens e serviços por causa do alto poder aquisitivo dos servidores públicos e dos grandes executivos das empresas privadas.




Com isso, a arrecadação de impostos como: IPVA, IPTU, e outros, vem integralmente para os cofres públicos daqui, que se tornaram um prato bastante apetitoso aos olhos gananciosos dos políticos corruptos, até porque, além disto, mais de cinquenta por cento do nosso orçamento vem do Governo Federal... nem com tanto dinheiro assim, ninguém consegue administrar com brilhantismo, os destinos da nossa cidade.




Que lástima, não?


FORA ARRUDA!
FORA PAULO OTÁVIO!
FORA OS 22 DEPUTADOS DISTRITAIS QUE RESPONDEM A PROCESSOS JUDICIAIS!


Antônio Leitão


O cego de visão.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Interrogações e Reflexões sobre Corrupção

Aqui, o que as pessoas mais sabem fazer é chutar cachorro morto, ninguém tem coragem de dar a primeira paulada... prefere-se fazer média com o cachorro louco, do que correr qualquer risco.


Talvez o fato de que vivemos num regime jurídico onde prevalece a presunção da inocência, possa explicar isso... é que caso a denúncia feita contra quem quer que seja não tenha bastante robustez, principalmente se o denunciado for alguém de colarinho branco, o feitiço corre o risco de virar contra o denunciante... mesmo porque, existem especialistas de plantão, só para derrubar processos supostamente mal montados.


Uma justiça republicana não precisa do princípio da inocência presumida, nem do princípio da

condenação a priori... faz-se necessário o princípio da investigação inteligente onde ambas as partes tenham plenas garantias do exercício dos direitos de produzir provas e contraprovas, conforme trâmites processuais claros, concisos e sem quaisquer mitos.


Enquanto isto não acontece, o Brasil vai de fraude em fraude e o seu povo continua pagando bandidos para trabalharem contra o próprio povo que indefeso, assiste a segurança pública defendendo os políticos criminosos contra qualquer revolta popular.


Hoje, apenas dois Deputados distritais não respondem a algum processo judicial e, com certeza, nenhum dos dois, está entre os denunciados do mensalão do GDF.


Queremos com isso, esclarecer às pessoas que nenhum dos denunciados é Santo, muito pelo contrário, quando se auto-denunciaram na própria CLDF, deslegitimaram as ações populares

contra cada um deles mas, o tiro pode sair pela colatra; pois, se auto-avaliação e a auto-avalização são coisas muito complicadas de se engolir, imaginem a auto-representação.


Se fosse um ou outro fato isolado, tudo bem, mas uma ação coletiva nesta hora, só denuncia ação orquestrada, onde todos os supostos envolvidos pedem para ser investigados num ambiente em que eles mesmos são os próprios protagonistas do cenário, portanto, têm controle total da situação, só pode ter o objetivo de causar na população a falsa impressão de idoneidade, coisa que em princípio, de acordo com as notícias da Imprensa, passa muito longe de cada um dos envolvidos.


Na verdade, o ato coletivo dos denunciados, além do intuito de enganar e confundir o povo, há no fundo a certeza do bilhete premiado, garantindo a cada um dos supostos deputados corruptos a segurança da manutenção do velho vício da impunidade, podendo assim, apostar na certeza desta velha companheira, amiga inseparável de tantos corruptos tradicionais do Distrito Federal que, por causa dos supostos conchavos e arranjos, vergam mas não quebram há muito tempo por aqui.


É claro que Arruda, Paulo Octávio, todos os seus Secretários têm que ser punidos de modo ultra-exemplar, entretanto, acima de tudo, não podemos permitir que velhos amigos das páginas policiais dos jornais locais e federais passem ilesos neste vendaval de roubalheiras.


O interessante é que diante deste cenário enorme e revelador, sentimos a falta de, não só, velhos companheiros de Arruda em outras supostas aventuras estranhas, como ainda, de velhos companheiros de Roriz que, juntos com ele, frequentaram por várias vezes, os círculos de investigações em todos os níveis das hierarquias Policiais e Judiciais e que também, fizeram parte da cúpula do GDF, desde 1999, continuando lá, de modo direto ou indireto até hoje.


Por exemplo, sem querer ser maldoso ou pôr em dúvida a integridade moral de quem quer que seja, ninguém fala em Milton Barbosa ou em pessoas que assumiram, de repente,

em detrimento de figuras políticas importantes do cenário local como Jofran Frejat, por exemplo Presidências de Partidos Políticos regionais.



Conforme já havíamos alertado, o Governo da legalidade, só estava regularizando supostas ilegalidades do Governo anterior.


Nunca se viu na história do DF, tantos contratos sem licitação, a não ser as supostas perigosas aventuras de Durval Barbosa na CODEPLAN durante o Governo Roriz, onde há suspeitas de desvios de mais de quinhentos milhões de reais em contratos supostamente irregulares, isto pode querer dizer que a garantia da performance duradoura de Durval provavelmente foi patrocinada, por um esquema muito poderoso que impediu que Durval fosse pego com seus chefes e comparsas, antes da tragédia em foco.


Devemos lembrar que dentro do quadro atual, não nos esqueçamos de dar atenção especial aos prestadores de serviços das Secretarias de Trabalho, Saúde, Ação Social, Educação etc, inclusive órgãos do sistema S que, através de convênios, recebe dinheiro do GDF para dar cursos profissionalizantes.


Ora, se o Sistema S já tem verba pública obrigatória do Governo federal, porque deveria receber recursos financeiros locais para ministrar cursos à comunidade carente daqui? Talvez por isso, o Convênio do Sistema S com a SEEDF, de algum modo, pode nos fazer lembrar o Professor Nota 10 do CEUB. E, ainda haveria uma empresa chamada Ritla que pode dar muito o que falar.


Segundo os bastidores, existiriam 210 fitas sobre o assunto para serem mostradas, por isso é importante que não haja qualquer arranjada inocência presumida, precipitada de quem quer que seja dos denunciados pois, as instituições partidárias têm que ser salvas deste mar de lamas e, a melhor maneira de se conseguir isso é sabendo esperar o tempo necessário para que hajam os esclarecimentos irrevogáveis e a partir daí, ter coragem de expulsar os corruptos, por mais "importantes" que eles sejam, garantindo a integridade do Partido que, é só um meio facilitador de ascenção destes malfeitores.


Nenhuma instituição partidária rouba; quem rouba são alguns membros filiados a estas agremiações Políticas. O problema é que infelismente, não se sabe por que motivo mas, ressalvando raras exceções, só ocupam o Poder constituído, aqueles que topam tudo. Existindo também aqueles que não roubam mas, para garantir o sucesso, são omissos, se cercam de ladrões e continuam mantendo sua aparente boa imagem, por isso cuidado com eles também.


Por último, vai aqui uma advertência séria: gostaríamos de alertar aos antigos donos da bandeira da "ética e da moralidade" pioneiros atores da Política local, que este é um momento muito especial para o Distrito Federal. Este é o exato momento para que os cidadãos de bem decretem que aqui, sujeira nunca mais.


É hora de renovação total e, que vamos fazer de tudo para que dirigentes partidários locais que já foram denunciados por suposta formação de quadrilha em ministérios, tenham o mesmo tratamento que estão tendo os supostos membros do mensalão do GDF.


Arruda era tão cioso por unanimidade que teria aceitado supostas indicações de pessoas ligadas a parlamentares do PT local e os indicados continuam lá.


É claro que ainda temos alguns antigos atores políticos sérios, merecedores de atenção, apreço e confiança.


Entretanto, para que se decrete Sujeira Nunca Mais na nossa cidade, precisamos retirar todos os nossos tapetes dos lugares onde sempre estiveram há bastante tempo, para depois, varrer do chão do Distrito Federal, de uma vez por todas, tudo aquilo que contribuiu para sujar a nossa imagem lá fora e que impediu a nossa cidade de ter uma administração pública voltada para os interesses da cidadania e do bem-estar comum.


O preço da corrupção é estupidamente caro, não só pelo dinheiro que desce de ralo abaixo e

vai parar no bolso dos políticos bandidos, mas acima de tudo, porque torna a máquina pública vulnerável, frágil e ineficiente.


Não é a ocasião que faz o ladrão mas, a burocracia que, quando dificulta a resolução de um problema de um cidadão comum, acaba criando condições para que o o gestor chefe daquele setor tenha um preço daí, as mil e uma possibilidades de propinas.


Como o Distrito Federal só tem 24 Deputados distritais para disputar mais de dois milhões de eleitores, o preço de uma campanha vitoriosa gira em torno de um milhão de reais... e aquele que tem vocação duvidosa e quer o Poder a qualquer custo, vai abraçar todas as chances que lhe levem ao topo.


Se tivéssemos 42 distritais em vez de 24, com certeza, seria muito mais difícil para ogovernador comprar 35 Deputados por exemplo, do que 19 e além disso, o preço da campanha de um Deputado distrital seria bem mais barato.



É hora de parar de fazer farras com o dinheiro alheio, aquilo que não nos pertence merece respeito e deve ser aproveitado em conformidade com o que determinam as regras de uma gestão pública compatível com os interesses coletivos. Fora Arruda! FORA BENÍCIO!


Fora Eurides Brito, fora Valente e todos aqueles que, há muitos anos vêm dificultando o amadurecimento do movimento das pessoas com deficiências e da EDUCAÇÃO que é a panacéia dos males humanos.


Será que depois de tudo isto, ainda não conseguiremos assumir o irrevogável compromisso de ser o melhor exemplo de conduta política paro o nosso País?


Antônio Leitão

O cego de visão.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Poder pelo Poder

Esta reflexão começará por alguns detalhes, equívocos, vícios, atropelos ou qualquer outro nome que se queira dar a estes fatos.


Não importa o nome, o importante é que sem eles, a diferença na qualidade de governar o DF seria muito grande:


No dia 23 deste mês, teria sido publicado no DODF, uma lista de 1100 deficientes contemplados com lotes da CODHAB e, ao chegar na escola em que trabalho, neste dia pela manhã, já ouvi alguns deficientes visuais se dizendo contemplados porém, mais interessante ainda, é que até hoje, a citada lista não se encontra no site da CODHAB mas, no site do MOHCIPED, ligado a pessoas do gabinete de um Deputado Distrital.



Os atos secretos poderão estar bem mais perto de nós do que se possa imaginar. Até hoje, não foi depositada na conta dos professores, a parcela referente aos notbooks que eles compraram do GDF que, ficou de pagar a outra metade.


Até hoje, os postos de combustíveis que aumentam os preços, a cada dia, sem merecer qualquer repreensão efetiva, não foram atingidos pela Nota Legal.


Em mil dias de governo, o GDF está fazendo duas mil e vinte e sete obras, se estivesse dando 150 cadeiras de rodas por mês como prometeu, poderia comemorar duas mil e vinte e oito obras.


Conforme o Site Orçamento transparente, só a Secretaria de Eucação do DF já teria gasto mais de 503 milhões de reais em contratos sem licitação, desde o inicio de 2007.



De acordo com emenda à Lei Orgânica do DF, aprovada recentemente, quem receber lote do Governo, receberá em seguida, a respectiva escritura que, por sua vez, pode favorecer a farra dos lotes como também, a expeculação imobiliária, já tão desenfreiada.


O GDF está dando às cidades do entorno, cinco milhões de reais para que estas deixem os seus serviços de saúde pública inertes e mandem para cá, ambulâncias lotadas de pessoas doentes para congestionar mais ainda, o nosso sistema de saúde, já tão caótico.


Há Deputados no DF, por exemplo, que ficam com a metade do salário de seus assessores, para o CAIXA DOIS, ou dando nota fria, para dinheiro recebido dos sindicatos, também com o mesmo objetivo.


Se os mandatos pertencem aos partidos, por que isso acontece?


A operação CAIXA DE PANDORA, conforme informações, muito provavelmente poderá demonstrar que o crime do painel eletrônico do Senado foi apenas um susto...


Estas informações, ponto a ponto, não são novidades pra ninguém. Entretanto, servem como referência para que repensemos a nossa forma de escolher em quem votar e porque votar.


Os nossos Partidos Políticos não têm mais ideologias que os identifiquem. Espalhados pelos Estados brasileiros, hoje, todos ocupam o Poder, tanto nos estados como no Planalto e, a desculpa é que cada cargo ocupado, é uma suposta oportunidade para que os quadros partidários, ponham em prática, suas ideias comunistas por exemplo, dentro de um Governo neoliberal.



Na verdade, estes cargos servem de trampolim midiático e de aparelho arrecadador de verbas para o Caixa Dois. Tanto isto é verdade que os futuros candidatos que não gozam de tal privilégio, entram em desespero e, quando são socialistas por exemplo, chegam mesmo a abraçar a possibilidade de oferecer aos seus pretensos futuros eleitores, promessas milagrosas de ilusões imediatas, para ter maior segurança na suposta conquista do voto.


Este vício cruel e desumano, além de trazer consequências devastadoras para os eleitores, supostamente enganados, incomoda de maneira definitiva aos candidatos, verdadeiramente, bem intencionados.


Não adianta, o tempo passa e, de eleição em eleição, "tudo continua como dantes no quartel de Abrantes", inclusive as queixas dos eleitores insatisfeitos.


Neste exato momento, todos os partidos brasileiros deveriam se chamar PPPB, Partido Pelo Poder Brasileiro, e, o que é pior nesta história toda é que, ocupar cargo, não importa em qual Governo, não é decisão partidária mas, impulso individual.



Estes fatos só revelam que a luta pelo Poder não tem mais objetivos coletivos mas, ganância pessoal. Precisamos ter coragem de ousar em nome da utopia, inspiração irrevogável das grandes transformações. E os partidos políticos são os verdadeiros construtores de senários apropriados onde, os semeadores das revoluções humanas podem plantar, regar e gerar frutos da melhor qualidade.


Uma das grandes esperanças nossas é o apoio assistivo, contrato social entre o Estado e as pessoas em condições vulneráveis. Este contrato, terá benefício com prazo de validade onde, o Estado, além de concedê-lo, proverá seus filhos de subsídios para que estes construam condições e instrumentos que lhes garantam aproveitar com êxito, as oportunidades que a vida lhes oferecer.



O apoio assistivo não é um novo caminho mas um jeito novo de caminhar. O apoio assistivo é o contraponto ao assistencialismo. O apoio assistivo é o suporte estatal não, o guia dos coitadinhos. O apoio assistivo tem algumas semelhanças com a proposta de autodefensoria defendida pelas APAES.



Finalmente, precisamos construir uma realidade, onde tenhamos partidos da situação e partidos de oposição, tanto a nível nacional como a nível estadual.



Chega da farra do Poder pelo poder, isto me lembra a forma pela forma do parnasianismo, onde a elite literária escrevia coisas que, muitas vezes, nem eles mesmos entendiam.


E, exatamente é isto que vem acontecendo com a condução da nossa política, as pessoas se articulam, formam conchavos, constroem máfias para conquistar o Poder e depois disso, não sabem o que fazer com o Poder e aí, continuam se articulando, fazendo conchavos, nutrindo máfias para se perpetuarem no Poder.


Não, no Poder meio de realizações coletivas mas, num poder fim, que não serve pra mais nada, a não ser, encher os bolsos dos mafiosos, a cada dia, mais e mais.


Talvez por isso, que os nossos administradores públicos não têm senso de manutenção de preservação. Eles constroem obras, fundam cidades, criam acentamentos populacionais etc sem sequer se preocuparem com as verbas de restauração dos futuros desgastes provocados pelas corrosões do tempo implacável.


Vocês já viram que, além de não existirem verbas de restauração, quantas cidades novas surgiram no DF, mesmo com as, antigas ainda sem qualquer urbanização?


Quando Lula diz que até Jesus Cristo, para governar o Brasil, teria que fazer acordos com Judas, na verdade, ele está sendo bem eufêmico pois, os acordos com os Judas daqui, são feitos, desde a hora em que se começa a planejar o assalto de qualquer Poder constituído, talvez por isso, os mandatos deste país são tão vazios de ações efetivas, e, concretamente, em favor do bem-estar comom.



Um país que não tem partido de oposição é terreno fértil para o imediatismo, um barato que sai caro porque seu efeito é, no máximo, ilusão.


Um país que não tem oposição abre caminho para o personalismo, o individualismo, o egocentrismo cercado por todos os vícios comuns da tirania. Um país que não tem oposição, quando não legaliza, legitima todos os tipos de corrupção. O Brasil tem que ser uma verdeira República, algum dia... quem vai determinar quando, é você, sou eu, nós todos juntos, a nossa luta consciente.




Antônio Leitão

O cego de visão.