quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Finalmente, Uma Fresta de Luz na Política

Graças a uma decisão judicial de um Iluminado, para a tristeza dos adeptos do atraso e, para deleite dos Espíritos libertários deste País, os pré-candidatos a Prefeitos e a Vereadores de algumas cidades brasileiras foram obrigados a provar que não são analfabetos para depois, fazerem jus a uma vaga de candidato nas próximas Eleições. Medidas sábias como esta, só vêm contribuir, mais e mais, para o engrandecimento qualitativo tanto do Poder Executivo quanto do Poder Legislativo da medíocre e conturbada Política brasileira. Política esta que, atualmente, só tem trabalhado em prol da ganância desenfreada dos caciques, Medievais defensores incontestáveis dos interesses duma egocêntrica elite que, não consegue enxergar a um palmo do próprio umbigo, onde, o seu próximo, não passa de mero escravo a serviço da legitimação do lamaçal que permeia os métodos de dominação dos comandantes dos destinos de nossa sofrida e passiva Nação.

Com certeza, medidas como esta, não são discriminatórias, porém, enobrecedoras de qualquer cultura política que se preze; posto que, aquele político que adquirir capacidade de ler e interpretar qualquer texto, estará, portanto, apto para elaborar idéias, analisar as, dos outros e, deixar de ser o Político-Piolho, também, qualquer indivíduo nestas condições, não poderá mais ser acusado de estar ali, só por causa do seu próprio emprego a para abrigar parentes. Qualquer indivíduo em condições apropriadas para tal, estará pronto para prestar serviço da melhor qualidade à sua comunidade.

Por isso, só nos resta parabenizar ao Iluminado sujeito desta decisão libertária; pois, caso o TSE resolva tornar regra indispensável esta Medida Judicial, certamente, os nossos impostos serão mais bem aproveitados, os nossos gastos públicos serão mais equilibrados e o nosso povo, imensamente, beneficiado. E, quanto àquele analfabeto que quiser concorrer a uma vaga na Política, é só buscar a luz da sabedoria das letras, que será o passa-porte mais viável para o exercício da liberdade, da Cidadania Plena, portanto da verdadeira Democracia. O povo precisa aprender a gostar de Política e assim, contrariar àqueles que fazem tudo para afastá-lo dela. Não devemos nos esquecer de que só haverá lama na Política enquanto esta for feita por porcos de nascença... com todo o respeito que os suínos merecem.

Que o Sonho, nutriente fundamental da Esperança, o mais sublime dom de sentir saudade das coisas que eu, ainda não foram vistas, tais como: a Cura da aids e do câncer, Saúde e Cidadania, Trabalho e Moradia, ruas limpas e livres da violência, Educação pública de qualidade para todos, com boa auto-estima e dignidade, etc, permaneça como espelho impulsionador do Amor do Homem para consigo mesmo e para com o Próximo, reciprocamente. Só assim teremos um dia, fome zero neste país.



Atenciosamente

Antônio Leitão

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reflexão

Há poucos dias a OABDF, promoveu uma grande manifestação pela ÉTICA NO SENADO.

Anailisando esta iniciativa sob a perspectiva de levar o povo a se mobilizar, podemos considerar que este evento é extremamente positivo, pois, em se tratando de Brasil, tradicionalmente, a inércia e a pasmaceira, sempre prevalecem,

É que, o nosso povo, a pesar de ser passional e parcial, é passivo, mesmo com a sensibilidade à flor da pele. Enquanto isso os nossos irmãos argentinos, enchem as ruas, sempre que alguma conquista coletiva é ameaçada, aqui, pelo contrário, conforme as circunstâncias, qualquer grupo reunido pode caracterizar motim. Como se pode perceber, o espírito autoritário conservador, sempre preocupado em manter as coisas como estão, predomina.

A eternização do ambiente que favoreça a continuidade do coronelato à frente de seus respectivos feudos, tem que ser garantido a qualquer custo. Entretanto, os principais responsáveis pela não mudança da mentalidade do nosso país, somos nós mesmos.

Aqui, ninguém quer saber do efeito, mas da eficácia, ou seja, desde que a colheita venha rápido, não importa a qualidade, ou a quantidade, o importante é render, nem que seja migalhas, contanto que seja imediato.

Isto nos leva a trocar a prática do investimento e do empreendimento pela prática do aventuramento; daí vem aquele ditado: "qualquer paixão me diverte".

O brasileiro não costuma usar a inteligência emocional, mas a, sentimental. Vamos pegar como exemplo, o submundo do crime que se encaixa na primeira opção, só faz grandes assaltos; quem se encaixa na segunda, mata por qualquer par de tenis etc.

Fizemos todo este preâmbulo, para fazer a seguinte pergunta: Será que é só o Senado Federal que precisa de Ética? Cada senador veio de algum lugar, representa uma base eleitoral de algum seguimento de nossa sociedade, trilhou algum caminho para chegar até o Senado.

Quem não se lembra do velho Chico Buarque: "...Joga pedra na Geni, ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir..."; Por que será que Sarney é hoje, a Geni do Senado? E os outros senadores? E o resto dos membros dos Três Poderes? São todos cidadãos de bem, legítimos representantes dos verdadeiros interesses coleticos e andam conforme a Lei?

Já que é pra limpar, então vamos passar o Brasil a limpo, porém de maneira equilibrada, consistente, coerente e séria!

Nada de assodamento conveniente.

Não deixe de comparecer ao evento.

É a nossa garra que define o tamanho da nossa vitória!!!


Antônio Leitão

O cego de visão.

sábado, 12 de setembro de 2009

A Credibilidade da Representatividade

Quem tem mania de grandeza, jamais pensará grande, tanto quanto os idiotas nunca se contradirão. Isso nos lembra que só porque alguns viajam no setor Classe A de um avião, se sentem melhor do que aqueles que da classe econômica, sendo que muitas vezes, todos irão a um mesmo destino. Em caso de acidentes, todos terão também um mesmo destino.

Um deficiente visual que mora numa cobertura luxuosa e outro que mora num barraco de uma favela, ao abrirem uma bengala, todos serão chamados de "ceguinhos". Preconceito, ou não, é algo que faz parte irrevogável dos dois indivíduos. Como se pode ver, o conforto só é válido enquanto coisa essencial, não como adorno supérfluo, ou seja: é de bom alvitre que cada conquista tenha objetivos nobres, do contrário, nos tornará meros escravos do ogulho e da vaidade.

É claro que uma vitória, humanamente bem alicerçada é incontestável e deve ser comemorada. Indo mais além e, nesta mesma perspectiva, subterfugiar os pobres, as crianças e Deus para escalar os degraus da fama e do sucesso, tem lá suas pequenas diferenças, quanto ao conteúdo do resultado, se conseguirmos discernir o viés entrelaçador da relação de poder entre os sujeitos e seus respectivos objetos.

Neste caso, seria mais recomendável que as supostas lideranças quando quisessem construir seus próprios palácios, os fizessem em seus próprios nomes. É como diria o Professor Cristovam Buarque: "um individuo só se torna candidato a Presidente, em primeiro lugar, se ele mesmo quiser."

Portanto, parece que está na hora de repensar este institucionalismo que, na prática, não representa qualquer consenso decente, mas, institucionaliza unanimidades ou terríveis ditaduras mascaradas. E, o que é pior, na maioria das vezes é feita em nome das fragilidades dos menos afortunados sob a perspectiva do poder da informação.

É claro que explorar as fragilidades humanas sob qualquer pretexto será sempre algo abominável, entratanto, quando se faz isto sob o ponto de vista das reservas e dos medos sobrenaturais, estamos sendo mais cruéis, pois lançamos mão de um apelo daquilo que não podemos ver, pegar, etc. Por isso esta suceptibilidade é mais falencial do que qualquer outra. A lei do homem, que sequer consegue atingir os mais ricos, como poderia alcançar o inatingível?

Explorar as fragilidades do relacionamento humano com o mundo desconhecido do sobrenatural, implica mexer com a fé, não com aquela que é sinônimo de confiança, perspectiva hipotética, ingrediente reconstrutor das verdades, mas com aquela que é sinônimo de crença, se encerra em si mesma, é abstrata, depende da sensibilidade de cada um.

Como se pode notar, eu não posso comprar aquilo que depende de mim mesmo apra existir. Precisamos nos libertar do poder do institucionalismo exacerbado e, muitas vezes forjado. Se conseguirmos ser solidários, fraternos e capazes de interpretar as agruras dos nossos semelhantes e de nós mesmos, não precisaremos de subterfúgios para dar soluções humanas aos problemas humanos.

Para concluir, todos falam em carga tributária excessiva, mas ninguém fala em sonegação, também excessiva, além dos chamados impostos preventivos contra roubos, incêndios etc.
Que tal se acabássemos com o imposto de renda da pessoa física e passássemos a cobrar imposto de todas as intituições lucrativas, filantrópicas e, por que não religiosas, deste imenso país? Talvez, a partir daí, todos teríamos condições de saber para aonde vão as nossas contribuições e doações financeiras.



Antônio Leitão

O cego de visão.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Representatividade Falida

Conforme informações da imprensa, o DF e Entortno, hoje, tem mais de 4,5 milhões de habitantes. Se levarmos em consideração que o do DF tem mais de 2,6 milhões, poderemos ter em 2010 quase 2 milhões de eleitores.

Também, se atentarmos para o fato de que cerca de meio milhão de eleitores do Entorno votam aqui, então o DF terá cerca de 2,4 milhões de eleitores, ou seja, se todos fossem votos válidos, um Dep. Distrital precisaria de cerca de 100 mil votos para se eleger sozinho.

Entendemos enfim, porque ARRUDA investiu mais no entorno do que aqui no Distrito Federal. E o que é mais grave, está querendo assumir o gerenciamento do transporte coletivo do Entorno, antes disso seria interessante gerenciar decentemente o nosso transporte público local.

Vejam bem, nossa Saúde está um cáos, Educação, Seguraça e Transporte, pior ainda. Isso nos remete à velhja tese de que já passa da hora de aumentarmos o números de cadeiras na Câmara Legislativa, pois atualmente, além de sermos mal representados qualitativamente, também o somos via monopólio. Não é conjuntura. Estamos falando de estrutura. E, não venham me dizer que um maior número de deputados só serve para aumentar o número de degenerados na Casa em questão.

É preciso lembrar que cada um dos que lá estão hoje, ou representa a maioria, ou então é fruto de fraude do TRE. De qualquer forma são "nossos" repesentantes. E, precisamos aumentar esse números porque o números de pessoas a serem representadas, hoje, é três vezes maior do que era à época da criação da Câmara Legislativa.

Chega de Monopólio!
Precisamos de mais opções para fazermos a nossa escolha com mais segurança. Porém, temos de ter compromisso de fazê-lo pautados pela ética e a moralidade.

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Antônio Leitão

O cego de visão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Educação, a Panacéia dos Males Humanos

"Toda criança, ao fazer quatro anos, deve comemorar o seu aniversário numa Escola” (Cristovam Buarque - 2004) e só largar este ambiente, quando for Cidadão, Consciente, Produtivo, Livre, portanto, Feliz.

O Brasil necessita, urgentemente, de uma Política Educacional ousada e progressista, onde a democratização do conhecimento seja considerada ingrediente básico e tudo deve ser feito para garantir a todos, o acesso a este.

O adquirir conhecimento tem que ser cultivado como o mais nobre e legítimo modo de conquistar Poder. Não o poder para dominar as pessoas, mas o Poder de Ser capaz de criar condições, no mínimo, essenciais e fundamentais para que o cidadão promover o seu desenvolvimento individual em prol do benefício de si mesmo e da coletividade humana.

Só quando isto acontecer, o nosso País deixará de ter cerca de 60% de seus estudantes, que é o seu melhor patrimônio, como analfabetos funcionais. É claro que o investimento na qualidade do trabalho dos professores é muito importante, mas, acima de tudo, é indispensável que haja incentivos e motivações convincentes que façam com que o estudante se sinta, plenamente, atraído, fortalecido e recompensado pelos esforços gastos em busca do conhecimento.

Pois, o conhecimento tem que ser legalizado como o melhor instrumento de ataque e defesa para qualquer Ser Humano. O conhecimento, ao mesmo tempo em que nos dá luz, Liberta-nos da ignorância. Nunca ninguém saberá o suficiente; por isso, é de vital necessidade que cada um faça a sua parte. Até porque, já dizia Einstein: “O Todo não é, simplesmente a soma de suas partes; mas, o resultado das relações qualitativas entre estas”.

Todo brasileiro deve se sentir digno, o suficiente, para se considerar responsável partícipe pela condução dos destinos do País; e, a única maneira de se conseguir isto é dando razões prioritárias para que a auto-estima deste indivíduo esteja sempre em consonância com suas expectativas e perspectivas para que possa estar buscando concretizar suas potencialidades e possibilidades.

Tornar um Homem produtivo é fazê-lo realizado; e, só a realização faz alguém se sentir engrandecido. O engrandecimento fortalece a vontade irrevogável de crescimento... E só por meio da Educação o Brasil salvará o seu Povo da miséria, da escravidão e da mediocridade.

Portanto, enquanto a Educação for uma questão de tirar a população da UTI, não se deveria eleger políticos analfabetos, isto não é preconceito, é porque estes, lamentavelmente, jamais terão a devida capacidade de análise de definições e interesses que venham satisfazer a necessidade que o povo tem de ser educado. Com certeza, essas pessoas facilmente, não por maldade, às vezes, fecharão questão em nome do ter em detrimento do ser, quando o ideal é o equilíbrio entre ambos.

Deve-se salientar que exceções à regra, como Collor e FHC, que tinham tudo para perceber isto, não o fizeram, certamente por motivo de índole, e aí, é onde se deve ressaltar a idéia de que Políticos, Advogados e Policiais, deveriam sofrer pena tríplice por cada crime cometido.

Antônio Leitão

O cego de visão.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Analgésico ou Antibiótico

Quando matamos a fome, ou aliviamos a dor de alguém, estamos prestando um serviço. Entretanto, dependendo do tempo de duração da vida dessa pessoa, nos faz perguntar quantas vezes ela sentir dor e fome e fome? Será que cada vez que essa pessoa passar por qualquer uma dessas dificuldades eu estarei por perto para cumpror esse papel?

Baseando nesta reflexão, cabe-nos verificar até que ponto o resultado do nosso trabalho causa qualidade de vida para alguém. Por isso resolvemos classificar o resultado do nosso trabalho como: Resultado Paliativo e Resultado Efetivo.

O Resultado Paliativo tem como objetivo básico, o alívio, que supre a aflição imediata. De carater transitório, pode estimular a dependência, portanto, transformando uma necessidade em vício. Inspira insegurança, é inflacionário e pode se tornar infracionário, alimentando a corrupção;

Por outro lado, o Resultado Efetivo tem como objetivos básicos a cura, a educação e a libertação, portanto, tem carater preventivo, promotor, protetor e de manutenção da produtividade. Inspira estabilidade, independência e autonomia. Por advir de pressupostos semeadores de estímulos à autonomia, o Resultado Efetivo não dá asas ao paternalismo e previne a corrupção. Ao contrário do Resultado Paliativo, possui âmbito coletivo e não personalista.

O Resultado Paliativo é praticado por políticas de Governo, enquanto o efetivo é produzido por política de Estado. Quando se diz por exemplo, que o deficiente precisa de suporte e não de guia, não se pretende tirar mérito de quem quer que seja, mas valorizar os méritos dos objetivos assistivos, que fazem com que o individuo assuma responsabilidades, compromissos e os cumpram, conscientes das consequências que poderão vir se assim não o fizerem. Porque, no que diz respeito aos abjetivos assistencialistas, os seus supostos beneficiários são irresponsáveis imaturos e jamais atingirão o exercício da cidadania.

Vale aqui salientar que o trabalho de resultado paliativo só tem validade enquanto atendimento básico emergencial, pois mesmo sendo cíclico tem função semeadora, do contrário é emro instrumento escravizador.

E aí caro amigo, a partir deste texto, como é que você consegue classificar o resultado do seu trabalho: paliativo, ou efetivo?


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Antônio Leitão

O cego de visão.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Direitos Humanos

Direitos Humanos:

Conjunto de instrumentos fundamentais e universais que visam e viabilizam a promoção e a proteção das garantias de concretização das possibilidades, perspectivas e expectativas do Homem enquanto indivíduo.

Talvez este não seja o melhor conceito para este assunto, entretanto pretende obrigatoriamente erguer uma construção de signos que retratem as mais autênticas intenções dos propósitos afeitos à esta causa.

Enfim, DIREITOS HUMANOS é tudo aquilo que serve de parâmetro para a consecução do bem comum. Vale aqui salientar que pelo menos neste país, ainda não existe movimento de direitos humanos, conforme o conceito acima. Pois, na prática, o que se vê é a faccionalização das sociedades em “castas”, onde cada uma quer se sobrepor à outra para obter, custe o que custar, o domínio total da situação. Tudo se resume, infelizmente em mera disputa de interesses, onde ninguém se prepara para ser, mas todos querem “ser”.

Como dizemos sempre, o maior problema aqui é conceitual. Por exemplo: quando uma empregada doméstica não limpa direito a sua casa, muitas vezes não é porque ela seja ruim de serviço, o problema é que até então ela não foi convencida de que a limpeza tem um papel fundamental na nossa saúde. Parece que aprender é muito complicado. Aprender, na prática é vencer barreiras, se libertar do comodismo e dos mitos e, enquanto nossa sociedade não entender que é assim que as coisas acontecem, o desempenho funcional dos nossos organismos estará comprometido.

Não sei se tudo passa, ou começa pela educação, mas sei que a formação absorvida para que as nossas construções tenham inicio, meio e fim e a partir daí os objetivos sejam alcançados em âmbito comum, é preciso que haja sincronicidade de pensamentos, atos e palavras, onde cada um esteja preparado para dar com convicção suas contribuições proativas para o bem comum.

Só haverá direitos humanos, no dia em que as pessoas se reunirem com princípios, propósitos e meios claros e definidos, que garantam mecanismos fundamentais de acessibilidade universal às conquistas humanas. Do contrário é mera rinha de galos, supostamente marginalizados.

Antônio Leitão – Brasília, DF.
e-mail: agleitao@gmail.com

O cego de visão.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A CARA DO BRASIL

O papel precípuo da Lei é proteger e promover o cidadão. No entanto, a Lei aqui tem como base o intuito proibitivo, quando não é feita para atender a uns em detrimento de outros.

Talvez por causa disto, dificilmente uma lei pega por aqui.

É como se as nossas leis estivessem em completa dessintonia com os nossos supostos valores éticos e sociais e, isto pode ser comprovado numa pesquisa da revista Veja da semana passada, onde conforme o IBOP, 70% da população confessa já ter cometido algum tipo de deslize. E, pasmem: 75% dos entrevistados repetiriam os mesmos erros dos políticos, caso no lugar destes estivessem.

O problema é que, em matéria de legislação, o Brasil é extremamente confuso: aqui admite-se o concubinato, mas proibe-se a bigamia; o adultério deixou de ser crime, mas causa danos morais; duas meninas de quinze anos agridem a uma outra da mesma idade, causando-lhe lesão no fígado, mas não cometeram crime... apenas ato infracionário.

Como se pode observar as nossa leis estão no Norte e os nossos costumes estão no Sul. Muita gente fala em valores éticos, mas muito poucos os põe em prática.

Ou mudamos as leis, ou mudamos os nossos costumes!

Não dá mais para ficarmos fazendo de conta de que somos as pessoas mais honestas do mundo, enquanto isso os nossos costumes nos condenam, o tempo todo. E, o que é pior, aqui quem denuncia é considerado desagregador, dedo duro, X9 etc.

O Brasil só terá jeito no dia em que a grande maioria de seu povo conseguir aprender a pensar, dizer e fazer uma mesma coisa, mesmo que se convencione que roubar é a melhor coisa do mundo. Porém, não dá mais para achar que aqueles que estão em nossos poderes constituidos não nos representam, conforme a pesquisa.

Ninguém engana a ninguém. Apenas enganamos a nós mesmos quando preferimos dar um jeitinho em vez de trilhar um caminho.

Ética não é bandeira. É postura obrigatória de todo cidadão que se diz de bem.

Escolher um político para nele votar não é o mesmo que optar por um time de futebol para torcer, ou uma roupa para vestir em conformidade com o gosto pela cor e o modelo e, não devemos nos esquecer de que tudo aquilo que os senadores fazem hoje no Senado já o faziam desde criancinhas, ou quando muito jovens, em cada função que desenpenharam durante suas respectivas vidas.

E, para sermos mais claros, no que diz respeito ao tema abordado, aqui no Distrito Federal, de acordo com as recentes pesquisas, os candidatos que tem mais chance de nos governar a partir de 2010, são Roriz e Arruda, mestre e discípulo, respectivamente, na atuação política mais cheia de suspeitas de fraudes, nada recomendáveis àqueles que se dizem estar em completa conformidade com a ética, a moralidade e os bons costumes. Depois não me venham chorar o leite derramdado.

Como se vê o brasileiro não desisite nunca... das manias feias.

Não há renovação na política porque não há renovação nos interesses da população.

Saudações.

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Antônio Leitão

O cego de visão.

domingo, 6 de setembro de 2009

Discurso Republicano, Prática Narcisista


Há quem diga que historicamente, o Brasil se divide em quatro camadas sociais: os honestos, os criminosos, os malandros e os otários.

Nessa perspectiva os nossos costumes não são ingênuos e as nossas leis não solucionam os nossos problemas. Isto vale, por exemplo, para, na hora de conseguir as coisas, alternativas como o famoso "jeitinho brasileiro" e o "sabe com quem você está falando".

Isso nos faz pensar no amontoado de leis inúteis produzido pelos nossos parlamentares semanalmente. Umas visam beneficiar os amigos, outras punir os inimigos, ou seja, nesta ótica, nenhuma lei serve para todos; alguns por se dizerem autoridades, outros por questão de supostas necessidades.

E ainda me vem alguns imbecis dizendo que "lei não se discute, se cumpre". Mas, que lei? A que pune os inimigos com rigores, ou a, que alimenta os amigos com benesses?

Diante desse quadro lastimável só nos resta concluir que o que falta ao Brasil não são leis, mas sim bons hábitos e bons costumes, baseados em princípios fundamentados na ética.

Desafio qual o parlamentar que ouse provar que o seu mandato tem algo de republicano. O que se vê na prática são políticos reféns de envolvimentos, não importa se escusos, ou não, mas entraves que os impedem de agir conforme manda o espírito republicano.

Uns falam em educação, outros em saúde, alguns em segurança, porém na hora de aprovarem as leis estão amarrados em seus próprios egos, ou conchavos de compadres.

Com isto, conclui-se que o Brasil só vai deixar de ter problemas desse tipo na hora que seu povo for conscientizado das feridas provocadas pelos seus próprios males.

Enquanto isso não acontece, a fome, a violência, a corrupção, as epidemias prosperarão de maneira cada vez mais irrevogável.

O que fazer para salvar o país nesse "salve-se quem puder" inconseqüente?
Antônio Leitão
O cego de visão