domingo, 30 de outubro de 2011

Mais Ideologia, Menos Fisiologia

Conforme pesquisa de estudantesde jornalismo da UnB, mais de cinquenta mil pessoas com deficiência em idadeescolar estão fora de salas de aula, hoje no DF.

Segundo o grupo de pesquisadores,N motivos contribuem para este equívoco, inclusive a omissão familiar. Diantedeste provável fato, pode-se pensar na possibilidade de que, se por um lado,enquanto alguns pais se omitem no que diz respeito aos cuidados para com osseus filhos, por outro, pode haver pais que fazem da deficiência destes,palanque para projeção pessoal, dependendo da mediocridade deste pai.

Esta provocação tem como fulcro central,promover mais uma vez, uma reflexão qualificada sobre inclusão educacional,inclusão social e direitos humanos.

Entende-se por inclusãoeducacional, a potencialização das possibilidades individuais de aprendizagemdaquelas pessoas que, por algum motivo limitador, estão à margem das ofertasregulares do sistema educacional e precisam de apoios assistivos efetivos paraalcançarem o pleno acesso aos benefícios em tela, à disposição de todos.

Como inclusão social, percebe-sea concreta participação de todos, independentemente de suas diferenças,diversidades ou origens, nos meios sociais com poderes plenos para proporações, compor movimentos, dispor de oportunidades reais para construir oauto-gerenciamento ou o engajamento coletivo, através de instrumentosdemocráticos que garantam, indistintamente, a todos, o pleno exercício de seusdireitos e as condições necessárias que assegurem o cumprimento de seusrespectivos deveres, em conformidade com as escolhas feitas sob a égide daliberdade, da igualdade e da fraternidade.

Os direitos humanos sãofundamentais e difusos, portanto, um conjunto de garantias essenciais queimpulsionam a acessibilidade, prioritariamente, de todos, senão dagrandessíssima maioria, aos bens de serviços e produtos da cultura de umasociedade.

É importante que se frise que,sem estes elementos vitais, a sociedade ou grande parte desta ficará infeliz,pois, perderá a dignidade, ou não a alcançará. Vale salientar que o nosso Paíspor, ainda ter uma Democracia em fase de consolidação, corre o risco de cometerequívocos monumentais por se recusar a se aprofundar em estudos dedicados a respeitode concepções a serem derramadas pelo mundo afora sem qualquer preocupação comas consequências do por vir. E, por causa disso, torna-se recorrente a confusãoconceitual frente a objetivos de propriedade egocêntrica que permeiam asnegociações de conquistas sociais que, frequentemente, perde sua grandiosidadeem nome da ocupação de espaços que assegurem o êxito do patrimonialismo feudal.

Os vícios atitudinais devertente, que ocorrem por falta de norte filosófico, não raro, nos colocamfrente a indefinições de gradação ideológica ou de seara semântica, onde propósitosde interesses privados ganham status de públicos, valores individualistas ganhamares de status coletivos.

Diante disso, acirram-se osânimos sempre que se pretende buscar conquistas. O fundamentalismo toma conta doprotagonismo verde e sem identidade, pois, não se sabe se cada ação destesmovimentos reivindicatórios são ativados sob a égide do pragmatismo ou dodogmatismo ou ainda quiçá, da mistura de ambos.

O certo é que a sede por auferir direitosé tão desmedida que não existem mais parâmetros quando se pensa em supostasfacilidades para tornar a Vida mais leve. Por exemplo: os direitos de exceçãoou de diversidades, as chamadas concessões sociais concretizadas por meio depolíticas públicas compensatórias, criadas em conformidade com as prioridades sociais,motivadas pelas respectivas desigualdades de desiguais limitados permanentespor suas diferenças advindas de fenômenos alheios à própria vontade individual,correm o risco de se tornarem um peso social tão grande que o Estado não vaidar conta de arcar.

Com isso, quanto mais o tempopassa, tanto mais se persegue a ampliação de concessões dos chamados direitosde exceção. Já se sabe que existe um movimento na Câmara Federal para incluiros alunos com DPAC e com Dislexia no rol de atendimento da Educação Especial. Certamente,depois, estes alunos, depois de conquistarem este intento terão acesso aopasse-livre em transportes coletivos, à reserva de vagas em concursos públicose, assim por diante.

Não que estes alunos não mereçama atenção prioritária do Estado. Entretanto, não os mesmos atendimentosdedicados às pessoas com deficiência. Porque, em isso acontecendo, estesdireitos serão ampliados mais e mais ainda, não só por causa dos DPACs e dos disléxicos,mas por outros e outros que virão reivindicar a mesma coisa.

Então, estes direitos se tornarãodireitos comuns a qualquer cidadão e perderão a razão de ser e, por serem deexecução bem dispendiosa, desaparecerão, posto que, os impostos não conseguirãomais cobrir suas despesas. Precisamos ser fraternos o suficiente para entenderque os desiguais merecem tratamento de acordo com as suas especificidadeslimitadoras sem deixar que as emoções viscerais destruam o equilíbrio social.Mesmo porque, não adianta exercer o direito de brigar por tudo aquilo que quere continuar pisando a grama, furando as filas, depredando o patrimônio público,não devolvendo o dinheiro achado nas ruas, etc.

Vale ainda salientar que aquelaspessoas que se dizem lutar pelos direitos humanos, em vez de atacar um afrodescendente por ter este, por exemplo, assumido a ocupação de algum espaçosocial, deveria perguntar se este indivíduo está tendo condições mínimas para exercera tarefa para a qual, foi designado.

Nossa verde Democracia tem tudopara dar certo, principalmente se, em vez de promover conflitos, optarmos pelacooperação para resolver as nossas discordâncias e conquistarmos a justiçasocial de que tanto precisamos para alcançar o tão almejado Bem Comum.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

É isso que os nossos blogueiros devem começar a produzir pra nos ajudar


Conforme já tínhamos consciência plena de que Agnelo não é réu no que diz respeito à questão do Ministério dos Esportes, na semana passada a Justiça confirmou a nossa tese e a imprensa divulgou a Revogação da indisponibilidade dos bens do Governador.
 
Companheiro Agnelo, sabemos do seu compromisso com a ética e a moralidade e que a corrupção não é um caminho pelo qual você pretende trilhar. Por isso resolvemos divulgar para todos o artigo que se segue.
 
Atenciosamente
 

Antônio Leitão




Ministro do Esporte processará a Veja

Por Altamiro Borges

A revista Veja desembestou de vez. A cada semana ela aciona um de seus jagunços midiáticos para destruir reputações e produzir “reporcagens” com calúnias e difamações, sem qualquer consistência jornalística e sem ouvir as vítimas das agressões. A revista dá tiros para todos os lados, pouco se importando com sua credibilidade em declínio ou com a abertura de processos judiciais.

No mês passado, a Veja usou um repórter para tentar invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel em Brasília. A ação criminosa, que lembra as escutas ilegais e os subornos do império Murdoch, foi desmascarada e está na Justiça. Na semana seguinte, ela deu capa para um remédio, num típico “jabá jornalístico”, e foi criticada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ataques ao PCdoB e a Lula

Na edição desta semana, a revista resolveu investir contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB). Para isso, abriu espaço em suas páginas ao policial militar João Dias Ferreira, preso em 2010 por corrupção. Na “reporcagem”, ele afirma que o ministro participaria de um esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que atende mais um milhão de crianças carentes no Brasil.

Ainda segundo a “reporcagem”, que não apresenta qualquer prova concreta e se baseia inteiramente nas declarações do policial, os recursos do programa seriam repassados para ONGs, depois destas pagarem uma taxa de até 20% sobre o valor dos convênios. O dinheiro seria utilizado como caixa-2 do PCdoB e, também, serviu “para financiar a campanha presidencial de Lula em 2006”.

João Dias, um policial sinistro

A revista também “ouviu” Célio Soares, que é funcionário do ex-policial e atual empresário João Dias Ferreira. No ápice da matéria caluniosa, ele afirma que “eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais”.

Os dois caluniadores deveriam se explicar na Justiça pelas graves acusações. Já a revista deveria ser processada por dar espaço a indivíduos suspeitos. Como lembra o jornalista Murilo Ramos, da insuspeita revista Época, “o soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira é um personagem recorrente de denúncias envolvendo o Ministério do Esporte. João Dias presidiu duas entidades acusadas de desviar cerca de R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo do Ministério”.

Época contesta a Veja

Em maio de 2010, a revista Época publicou reportagem sobre o relatório final da Operação Shaolin, da Polícia Civil de Brasília, que investigou desvios em convênios com as associações de João Dias. “De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias: a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e a Associação João Dias de Kung Fu”.

“As associações foram contratadas para desenvolver atividade esportiva com alunos da rede pública de ensino. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil, para construir duas academias de ginástica e para financiar sua campanha para deputado distrital em 2006”, informa Murilo Ramos. Apesar desta ficha policial, a Veja legitimou suas acusações contra o ministro dos Esportes. Coisa típica do jornalismo mafioso, murdochiano!

“Invenções e calúnias” serão rebatidas

De Guadalajara, México, onde participou da abertura dos Jogos Pan-Americanos, o ministro refutou as “invenções e calúnias” da Veja e já anunciou que processará os dois caluniadores. Em conversa por telefone, Orlando Silva também disse que analisará a abertura de processo contra a revista. Ele se mostrou indignado com a postura da Veja, mas adiantou que não vai se intimidar.

Numa entrevista coletiva hoje (15) pela manhã, Orlando Silva foi enfático: “De pronto, quero repudiar as mentiras que foram publicadas. Causou surpresa o conjunto de invenções e calúnias. Tomarei as medidas judiciais e moverei ação penal. Solicitei ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que fosse aberto inquérito criminal para que fossem apurados os fatos citados”.

“Tomarei as medidas judiciais”

“O único momento em que encontrei um dos caluniadores [João Dias] foi numa audiência em 2004, se não me engano, a pedido do então ministro Agnelo Queiroz. A segunda pessoa [Célio Soares], eu não faço idéia de quem seja. São acusações gravíssimas, tomarei medidas judiciais e solicitarei que a Polícia Federal apure as denúncias. Não temo nada do que foi publicado na revista”.

Para o ministro, a “reporcagem” da Veja tem motivação política. Há muitos interesses econômicos em jogo nas disputas da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Ele ainda levantou a possibilidade de que se trate de uma retaliação ao aumento do rigor na adesão de empresas ao programa Segundo Tempo, que libera dinheiro para crianças carentes.

“Um bandido me acusa e eu preciso explicar”

“Esse ano, os parceiros passaram a ser escolhidos por seleção pública. Também passamos a não realizar convênios com entidades privadas, pois as públicas garantem melhor sistema de controle. No ano passado foi instaurada a Tomada de Contas Especial e o processo enviado ao TCU para que a empresa relacionada a um dos acusadores devolva o investimento de cerca de R$ 3 milhões”.

Por último, o ministro anunciou: “Me coloco à disposição de ir ao Congresso já nesta semana e coloco meu sigilo fiscal e bancário à disposição dos órgãos de controle. Estou indignado, porque um bandido me acusa e eu preciso me explicar. Agora, o sentimento é de defesa da honra. Existem pessoas na política que não se incomodam com acusações, mas felizmente eu tenho sensibilidade”.

Tucanos ou urubus?

Como em outros casos, a revista Veja serve para pautar a oposição demotucana. Desesperada com a perda de parlamentares, as intermináveis brigas internas e a total ausência de projeto, as lideranças do PSDB e DEM já utilizam os ataques levianos da revista para desencadear uma nova onda moralista. Eles demonstram falta de escrúpulos e total falta de responsabilidade.

Hoje mesmo, o líder do PSDB na Câmara Federal, deputado Duarte Nogueira (SP), defendeu o imediato afastamento do ministro Orlando Silva. “Há fortes indícios de que, para participarem do Segundo Tempo, ONGs eram escolhidas a dedo, ligadas ao PCdoB, e pagariam propina pelo convênio. Isso é muito sério, um esquema criminoso. É dinheiro público indo pelo ralo”, esbravejou.

Cínico e mau-caráter

Ele também exigiu que o ex-ministro e atual governador do DF, Agnelo Queiroz, seja investigado. Já que está tão preocupado com a corrupção, o líder do PSDB podia aconselhar o governador Geraldo Alckmin a autorizar a criação da CPI na Assembléia Legislativa para averiguar o esquema de suborno nas emendas parlamentares em São Paulo. A bravata de Duarte Nogueira mostra bem o cinismo e o mau-caratismo dos tucanos.

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Débora Cruz
Jornalista 
Comunicação é um direito!