sábado, 16 de abril de 2011

Uma Ousadia Tentadora

Sonhar em voz alta  exige muita coragem; registrar estes sonhos, muito despreendimento.

Por isso, viver o Hoje intensamente, é bem melhor do que orar por um amanhã feliz. Dar sempre, um significado real a tudo que existe em nossas vidas, é: conceber com, elaborar com, construir com e executar com, numa perspectiva polialética.

A polipolaridade, por ser mais densa é emnos tensa, é democrática porque possibilita um confronto mais enriquecido de opções, enlarguecendo assim, a liberdade de escolhas que só fortalece a Democracia como uma ouvinte atenciosa e fraterna que, te recebe, te aceita, te escuta, te acolhe, reflete, busca convergências, constrói consensos e sempre produz resultados de alcance, efetivamente, republicano.

Pode-se observar queatualmente, nas disputas políticas, por exemplo, prevalece a bipolaridade, a arrogância, a prepotência de pessoas que muitas vezes, nem tem propostas objetivas a oferecer. Isso empobrece muito o cenário.

Se tivéssemos quatro estruturas em igualdade de condições, disputando o mesmo alvo, com certeza, teríamos mais chance de crescer no diálogo, com menos sectarismo e mais propósitos universalizantes.

Esta Democracia, a qual estamos nos referindo, só pode ser viável, dentro de um Estado de Direitos democráticos, onde todos os Direitos existentes ali,
serão exercidos por todos, independentemente, do status social em que possa estar, naquele instante. Neste Estado, mesmo havendo representação constituída por
eleição, os bens e serviços produzidos, sempre estarão nas mãos de todos, sem permitir qualquer assimetria convencional. O Estado de Direitos Democráticos prioriza a fraternidade para garantir a liberdade e a igualdade entre todos.

No Estado de Direitos Democráticos, cairia por terra a simbiose fisiológica como base da relação de poder. Em seu lugar se fortaleceria a funcionalidade orgânica, onde todos conversariam em pé de igualdade, sem medo de repressão, ou retaliação.

Viva a Democracia Fraterna!



Antônio Leitão

domingo, 3 de abril de 2011

Inclusão

As adversidades específicas das diversidades sociais são uma realidade irrevogável e efetiva aos nossos olhos, ouvidos, e instâncias intelectuais. Por isso, não podemos ignorar suas repercussões convergentes e divergentes. Cabendo então, a nós, imbuídos do propósito de viabilizar o estabelecimento de regras básicas de um convívio harmonioso entre todas estas diversidades, em primeiro lugar, agregar as adversidades, depois, congregar as diversidades em torno de um grande alinhamento coletivo de necessidades afins, por último, amadurecer, passo a passo, a concepção concreta da construção de uma postura humana que receba, descubra, interprete, conheça, entenda, aceite e acolha com sentimento de fraternidade, as agruras e/ou, venturas de seu semelhante sem levar em conta, qualquer perspectiva sectária separatista ideológica.

Nós precisamos de ações proativas, não de oportunismos inibiditivos.

Inclusão não é bandeira, é, acima de tudo, postura, atitude retensiva e reflexiva.

O princípio básico da inclusão é a inserção social efetiva e em educação, entende-se como
espaço ideal para construir uma interação fraternal, a chamada sala de aula regular, ambiente onde ocorre o encontro das diferenças, juntas e misturadas, para que a partir daí, se construa a convergência que originará o pacto coletivo de um convívio harmonioso para todos.

Entretanto, conforme matéria publicada no dia 06/09/09
pelo Jornal, O Estado de São Paulo, 96% das pessoas que trabalham com
deficientes, têm algum tipo de preconceito contra estes. Esta afirmação
é fruto de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de SP.

A construção da Inclusão que queremos, não pode prescindir de uma reflexão
sobre esta pesquisa. O Fórum Permanente de Apoio ao Estudante com
Necessidades Educacionais Especiais é a tribuna laboratorial ideal para
construirmos soluções de problemas como este. Por isso, vale a pena
relembrar que nesta quarta feira, 06/04/11, às 14:00 horas, na APAEDE, ocorrerá a
segunda reunião do nosso Fórum.

Também nesta sexta feira, 08/04/11, às 08:00 horas, no Centro de Ensino Especial nº 01 de Brasília, ocorrerá um evento em comemoração ao dia nacional do Braille, promovido pela Diretoria de Educação Especial da Secretaria de Educação - DEE e pela Organização Nacional de cegos do Brasil - ONCB.

Sua presença, também é muito importante, compareça!


Atenciosamente
Antônio Leitão

Nota de Esclarecimento

Caros amigos, vale aqui salientar o esclarecimento de que o Governador Agnelo vetou a Lei do Autismo, não pelo
mérito da proposta, mas, pela forma com que esta mesma proposta foi conduzida.

Queremos que fique bem claro que somos plenamente favoráveis às reivindicações feitas pelo movimento Autista... aliás, são reivindicações justas, muito justas, justíssimas. Entretanto, para concretizar a efetivação dos referidos pleitos, temos que trilhar caminhos seguros que nos garantam o alcance destes objetivos.

O referido PL foi vetado por motivo de vício de iniciativa, ou seja, houve uma invasão de competência. Estamos falando de um Projeto de Lei autorizativo, o qual, supostamente, teria o objetivo de autorizar o Poder Executivo a cumprir suas respectivas obrigações em relação aos autistas e, o GDF, enquanto Poder independente, não precisa de ninguém para autorizá-lo a fazer isto. Entretanto, a CLDF, Casa reconhecidamente, em evidência por causa de seus rotineiros  equívocos, criou em sua literatura de atuação, já bastante diversificada, a figura do Projeto de Lei autorizativo. Ora, a CLDF poderia ter optado por um Projeto de Lei Ordinária ou ter sensibilizado o Governador no sentido de que criasse um Decreto-Lei que contemplasse todas estas reivindicações dos autistas por serem estas, pertinentes. No entanto, a Casa optou por se utilizar de um instrumento inócuo, que, só expôs o nosso Governador a um desconforto desnecessário.

Um Projeto de Lei Autorizativo nos lembra um orçamento anual de um Estado qualquer por exemplo, que não passa de uma peça fictícia, justamente, por se tratar de mais um instrumento autorizativo. Com certeza, se o nosso orçamento fosse impositivo, os nossos impostos pagos seriam muito melhor aproveitados.

É meu dever informar a todos que, enquanto um dos membros do Governo, responsáveis pelo atendimento aos interesses relativos à causa, já entramos em contato com outros membros de áreas afins, para que juntos, construamos uma proposta de Decreto-Lei que contemple todas as justas reivindicações do movimento autista. E o melhor é que, este Decreto-Lei distribuirá, equitativamente, suas tarefas, em conformidade com as atribuições dos papéis das respectivas Secretarias, coisa que o PL em foco, não o faz, por exemplo, a Secretaria de Educação não pode contratar profissionais das áreas de Saúde e Assistência Social, cabendo, portanto, a cada Pasta, desenvolver suas respectivas ações, também, contratar pessoal, conforme suas necessidades detectadas para, a partir daí, se for o caso, partir para atuar dentro de uma visão sistêmica integrada.

Atenciosamente
Antônio Leitão