Em 1981, enquanto ainda cursava o último ano do Ensino secundário, quando quis participar das eleições do Centro Cívico da Escola em que eu estudava, a diretora não deixou que eu inscrevesse a minha chapa, alegando que o nosso grupo teria feito o pedido de registro atrasado.
Entretanto, confessou em conversas reservadas, que eu estaria cercado de marginais, porque naquela época marginal era todo aquele que se voltava contra a Ditadura... aquilo me deixou indignado e por isso, comecei a fazer uma campanha independente. No final das eleições, tivemos mais do que o dobro dos votos da chapa vencedora, apesar de todas as pressões do corpo docente da Escola sobre os alunos. Bem... mesmo com todas as dificuldades para aceitar aquele fato, tivemos que encará-lo, afinal, ainda estávamos vivendo o ciclo da ditadura militar.
Contei esta história porque mesmo naquela época eu já, só via vantagem na conquista do Poder, se este fosse capaz de propugnar transformações concebidas, planejadas e que tivessem a garantia de serem executadas longe das garras dos espíritos malignos da corrupção; porque do contrário, não seriam transformações, mas farsas.
Parafraseando Jesus, nenhuma farsa resistirá diante da Luz... tanto quanto Arruda perecerá como também, qualquer um de sua estirpe sem qualquer direito a ressurgir das cinzas, pois durante toda a sua vida tentou tapar o Sol com a peneira e nenhuma peneira, com certeza, impedirá o brilho do Sol.
O Sol nasce para todos, jamais, apenas para os políticos bandidos que fazem da corrupção, um fim em si mesmo e do Poder, só um mero trampolim para as realizações das suas malfeitorias.
Daí, apelarmos com contundência veemente para que ninguém fique mais inerte diante destes criminosos compulsivos, que sobrevivem a todos os tipos de avalanches de denúncias sem sofrer qualquer abalo: "estou com a consciência tranquila, dormindo muito bem..."
Estas foram as palavras de uma corrupta convicta. Não se sabe se estes indivíduos são psicopatas ou sociopatas, apenas se sabe que nenhum deles, em momento algum, é capaz de demonstrar qualquer sentimento e por isso, ninguém consegue convencê-los de que cometeram qualquer tipo de erro.
O fato mais importante que não pode escapar das nossas consciências é que, estes criminosos através dos saques aos cofres públicos dividem os lucros entre eles e socializam entre todos nós, os prejuízos.
Com isso, a máquina estatal fica vulnerável, fragilizada e ineficiente. Corrupção é crime
hediondo porque as áreas de educação, saúde, segurança, transporte, emprego e habitação ficam prejudicadas e, os idosos, as pessoas com deficiência, as crianças, enfim, todos os menos favorecidos sofrem as consequências.
Por isso, faz-se necessário uma renovação completa de quadros políticos e ao mesmo
tempo, desenvolver uma campanha cívica com a seguinte máxima: não basta votar, tem que fiscalizar, pois só através da fiscalização participativa o Distrito Federal terá um novo rumo na sua prática política.
Esta fiscalização participativa torna-se de extrema importância porque, na medida em que o DF é ao mesmo tempo, Estado e Município, e teve um aumento absurdo no consumo de bens e serviços por causa do alto poder aquisitivo dos servidores públicos e dos grandes executivos das empresas privadas.
Com isso, a arrecadação de impostos como: IPVA, IPTU, e outros, vem integralmente para os cofres públicos daqui, que se tornaram um prato bastante apetitoso aos olhos gananciosos dos políticos corruptos, até porque, além disto, mais de cinquenta por cento do nosso orçamento vem do Governo Federal... nem com tanto dinheiro assim, ninguém consegue administrar com brilhantismo, os destinos da nossa cidade.
Que lástima, não?
FORA ARRUDA!
FORA PAULO OTÁVIO!
FORA OS 22 DEPUTADOS DISTRITAIS QUE RESPONDEM A PROCESSOS JUDICIAIS!
Antônio Leitão
O cego de visão.
