quarta-feira, 27 de julho de 2011

Educação Não é Alça de Caixão

É claro que entre o conhecimento, o senso comum e oconhecimento científico, existem grandes afinidades inerentes entre si, a seremconsideradas e que devem ser levada em conta, na medida em que partimos para obinômio Ensino-Aprendizagem.

Mesmo se levarmos em consideração a história de que comerleite com manga com febre poderá dar problema, que muita gente recorre aospreceitos discriminatórios e, com razão, temos que entender que o conhecimentodo senso comum é muito importante para a arquitetura do conhecimentocientífico. Por isso um não vive sem o outro.

Entretanto, por causa do populismo democratista, tão incisivonos nossos dias, tendemos a nos influenciar pelo voluntarismo compulsivo, onde,achamos que tudo é bem vindo, não importa de onde venha. Aí, corremos um sériode abdicarmos do nosso papel quanto a aquilo que nos compete, técnico esocialmente.

O preço da liberdade é a responsabilidade. E a verdade,enquanto um instrumento inacabado e parceiro inabalável da evolução humana deveser levado a sério em nome da produtividade, enquanto consequência fundamentaldo êxito humano. Então, cada vez que um grito perdido que não se sabe de ondevem, pretender ditar e editar regras sobre a Educação, temos que pensar muitosobre isso. Por exemplo, a OAB permite que qualquer cidadão vá a um Tribunaldefender uma causa, mesmo que isso seja indício de Democracia extrema? Será queCRO permite com facilidade que qualquer cidadão receite algum medicamento?Então, os professores têm que estar  deprontidão para entender que esta adesão indiscriminada à Educação poderá trazerà nós um prejuízo sem precedentes, inclusive a nossa auto-desvalorização.

Por isso precisamos estar alertas, mesmo sabendo que aEducação precisa urgentemente de resultados qualitativos que atendam àsexigências do mercado, mesmo sabendo que o mercado é um vício, porém, até quese encontre uma saída, temos que atender às suas demandas em nome da nossa sobrevivência,ainda que tenhamos tudo contra as regras do mercado, sabemos que no mercado nãohá almoço de graça, não há milagres.

Assim sendo, cabe a nós exercer um papel inalienável àrealidade que nos cerca, por mais revolucionários que sejamos, mas, acima detudo temos que nos preservar quanto aos direitos e as obrigações  que a nós nos é competência irrevogável,diante da sociedade.

Educação não é alça de caixão que qualquer fã do cadáver veme põe a mão. Educação é coisa séria, exige critérios e tem que ser preservadaem sua essência e em sua excelência, em mãos adequadas, mesmo que tenhamos aextrema noção da influência democrática.

Que não se confundam: professor é professor, médico émédico, advogado é advogado, pai é pai, aluno é aluno, escola é escola, casa écasa. Por mais que cada um tenha a contribuir e deve contribuir, cada um tem oseu papel e cada papel tem o seu limite e todos devem ser respeitados, em conformidadecom as suas competências.

Portanto, a Educação precisa de rumos e estes devem sernorteados pelos seus atores, resguardando a quem de direito, a devida contribuição.Pela Educação passam as formações de todas as outras áreas, então a Educação éa vertente da cidadania.