domingo, 18 de setembro de 2011

Educação X Legislação

Que os rigores da Lei não cheguem aonde a Educação dequalidade ainda não tenha chegado.

Ao se fazer esta reflexão, logo se pensa em institutos deprevenção ao crime ou em instrumentos de proibição deste.

Vale salientar que em países civilizados, não se previne ouse proíbe qualquer atitude por meio de regras decretadas, mas, proporciona-se oacesso qualitativo ao conhecimento como propriedade inalienável do ser humano econscientiza-se a este de que o exercício pleno da cidadania é usufruir dosseus direitos e, simultaneamente, cumprir com os seus deveres, responsabilizando-sepelas consequências do livre-arbítrio.

O poder de escolhas estimula a capacidade de tomada dedecisão de cada um de nós, por isso, assegura a prática da liberdade, não comouma luz maligna, mas, como perspectivas de realização das nossaspotencialidades através de caminhos prazerosos. Quando nos apropriamos doconhecimento por vias irrestritas, logo vem o fascínio que possibilita o zeloirradiador do compromisso para com este. Então, a sensação de força invade onosso íntimo, trazendo-nos a certeza de que o crescimento individual e a preservaçãoda individualidade são fatos alcançáveis, não, conjecturas distantes.

Dentro deste clima favorável, não há espaço para as regrasde premiação ou de punição, referenciais mestres da cultura do autoritarismoumbilical. Neste clima, persiste-se, pacientemente, regando uma planta que daráfrutos, mais cedo ou mais tarde. A expectativa da consecução deste fruto sóserá possível quando o conhecimento for posto à mesa para todos, sem reservas,sem receios, sem preconceitos, sem segredos sobre quaisquer mistérios. Nestecaso, até poderemos constituir uma Nação onde, o seu Poder Estatal seja hierarquizadomas, jamais estratificado. Pois, todos saberão que a hierarquia é passageira eoportunizadora. Enquanto a estratificação é perversa, posto que, inibidora ediscriminatória.

O país que potencializa sua nação para que se torne umcapital social efetivo, obedecendo aos subsídios construídos a partir dosDireitos civis, políticos e sociais, sempre deixará suas produções e seusserviços, frutos das experiências culturais, ao alcance de todos. Daí, teremosparticipação social articulada baseada na segurança de que todos nós podemosporque estamos preparados para enfrentar os desafios através da criatividadehumana, não, da esperteza insana.

Qualquer um de nós só será capaz de aproveitar a plenitudeda felicidade, quando conseguir admitir o seu próximo como um par, não, como umconcorrente insensível. Portanto, é neste ambiente, onde as possibilidadeshumanas ganham condições simétricas, que a fraternidade se exporá livre, sem nenhummedo de contagiar a todos.

Onde houver Educação de qualidade sempre prevalecerá aconvicção, não, a conveniência; sempre haverá valores baseados em princípioshumanistas, jamais, arranjos fabricados a partir das ambições egocêntricas. Sóa fraternidade constrói o "Amai Ao Próximo Como A Ti Mesmo" enquanto fundamentoinspirador máximo, sem qualquer resistência ou armas, contra quem quer queseja.

A civilidade bemeducada não precisa do excesso de regras como garantia de evolução humana.Apontar potenciais caminhos e não induzir a respostas prontas, constitui overdadeiro berço da cidadania.