domingo, 7 de agosto de 2011

As Consequênc​ias do Patrimonia​lismo no GDF

O GDF, a partir do advento da emancipação do Distrito Federal,tornou-se o berço esplêndido do patrimonialismo estatal deste País. O esquema funciona,mais ou menos, assim: o Poder estatal é fatiado em clãs ou feudos que, por suavez, empregam emcargos comissionados, às custas dos impostos públicos, agenciadores de curraiseleitorais sem nenhuma qualificação técnico-dministrativos.

Estes grupos de agenciadores, normalmente, são comandados poralguns coronéis que a modernidade possível ao nosso País, ofertou a todos nós.Vale salientar que o principal papel destes grupos de agenciadores, é: servir de capachões para os seus chefes idolatrados e aliciar adeptos paradar sustentação aos seus respectivos clãs. Caso os membros destes feudos nãotenham posturas servis e fiéis aos seus "reizinhos", ou não consigamaumentar o tamanho dos seus currais eleitorais, perdem os seus empregos, postoque, são alijados do processo.

É interessante frisar que as bases destes feudos modernossão: Sindicatos, associações, igrejas, ou quaisquer agrupamentos correlatos. Issosem deixar de lembrar da exploração dos bolsões de misérias.

Em virtude deste modelo de governo que virou tradição, não sepriorizou mais o investimento do erário em políticas públicas de Estado, mas,em compras superfaturadas de programas e projetos oriundos da iniciativa privada,em suas várias vertentes.

Este vício inescrupuloso tradicional teve como resultado adiminuição do Estado, o engessamento da máquina pública, a desvalorização dosserviços públicos, uma carreira sacrificada de funcionários concursados, enfim,os serviços meios da administração pública sendo executados pelos membros dosfeudos formadores dos governos patrimonialistas.

Por conta deste histórico patrimonialista que, há tanto tempoassola o GDF com as suas mazelas, não é surpresa alguma, ouvir notíciaslamentáveis de que processos empilhados dormem há mais de quinze anos nasestantes das nossas repartições públicas.

Diante desta realidade caótica que gerou vários escândalos, aolongo da nossa história, onde os recursos públicos em geral, foram, preferencialmente,muito mal utilizados, torna-se, extremamente difícil, por mais que se tenhaboas intenções, tirar o Distrito Federal deste terrível embrolho, em 24 horas.

Por isso não há nenhum problema, admitir que o desempenho dos sete meses do autal governo mereça críticas. Entretanto, transformar a irresponsabilidade em banalidade, se utilizando dos horários eleitorais gratuitos para auto-promoção, ou para fazer de conta que o GDF era um  paraíso até o dia 31/12/2010 e, só depois disso virou um caos, isto, com certeza é leviandade. Não é atitude de cidadão.